Um novo relatório da Adyen revela que o cartão de crédito ou débito é o método de pagamento mais usado em Portugal, sendo preferido por 80% dos consumidores. O MB Way surge em segundo lugar, com 62% dos inquiridos a utilizarem este método, e os pagamentos em numerário em terceiro.
No que respeita a compras online, 33% dos consumidores portugueses inquiridos optam pelo pagamento através do MB Way e 30% preferem utilizar o Paypal. Nas compras físicas, o cartão de crédito ou débito é a opção mais popular, com 58% dos consumidores a utilizarem-na. Por outro lado, 22% recorrem ao MB Way para pagar este tipo de compras.
O Multibanco continua a desempenhar um papel importante na vida dos portugueses. Citando dados da SIBS, o relatório realça que, entre março de 2022 e fevereiro de 2023, houve um crescimento de 30% no número de pagamentos face ao período homólogo no ano anterior, sobretudo nos pagamentos online.
O número de utilizadores do Multibanco também cresceu. De acordo com dados do Barómetro e-Commerce da Marktest, em 2022, registaram-se mais 180.000 utilizadores em comparação com 2021.
O aumento de 4,6% fez com que o número de pessoas que usam pagamentos por Multibanco alcançasse a marca dos 3,9 milhões. Embora seja ultrapassado pelo MB Way, o Multibanco também está no topo das preferências dos consumidores.
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O relatório detalha que o comportamento das empresas vai ao encontro dos hábitos dos consumidores. Os cartões de crédito ou débito são oferecidos como forma de pagamento por 63% das empresas, seguindo-se as transferências bancárias, com 62%. O MB Way ocupa o terceiro lugar, com 54%.
Os pagamentos com numerário surgem em quarto lugar, com 51%, mas os especialistas indicam que é provável que o PayPal os ultrapasse, uma vez que este método já está disponível em 46% das empresas em Portugal.
Os pagamentos a prestações oferecem uma maior flexibilidade financeira para os consumidores e 55% afirmam já ter recorrido a este método. Segundo os dados avançados pelo relatório, os pagamentos a prestações são mais utilizados nas compras de eletrodomésticos (27%), habitação (19%), eletrónica (17%) e bens alimentares (13%).
No entanto, os especialistas afirmam que existe uma grande desconfiança por parte dos consumidores no que respeita aos pagamentos a prestações: 45% não utilizam este método, com 11% a justificarem a decisão devido a motivos de insegurança laboral/financeira e 7% porque desconfiam das suas instituições financeiras.
Estima-se que a despesa financeira global deste tipo de pagamento aumente 92%, num crescimento de 353 mil milhões para 680 mil milhões de dólares. Num prazo de dois anos prevê-se que o valor dos pagamentos a prestações atinjam 12% do total das despesas de comércio eletrónico só em bens físicos.
Ao todo, 63% dos retalhistas inquiridos afirmam que a inclusão deste método de pagamento aumentou as receitas. 44% dos retalhistas passaram a disponibilizar pagamentos a prestações devido à procura por parte dos clientes. No entanto, 10% admitem que não têm esta opção devido à falta de orçamento.
A lealdade como ponto-chave da transformação digital
À medida que as empresas avançam no processo de transformação digital, a experiência do utilizador assume um papel cada vez mais relevante.
A fidelidade dos clientes e a personalização da experiência de compra afirmam-se como requisitos essenciais para os consumidores em 2023 e o relatório mostra que 75% dos inquiridos acreditam que, para criar lealdade, os métodos de pagamento devem oferecer descontos sobre o preço dos produtos ou serviços.
No que toca aos principais desafios para as empresas em Portugal destacam-se a fraude e a segurança (69%), o acompanhamento das inovações e da forma como os clientes querem pagar (51%), além dos custos de implementação e o crescimento das taxas de conversão e das receitas (ambos 34%).
Satisfazer a procura dos consumidores é um dos pontos da estratégia das empresas, com 58% a afirmarem que desejam identificar os seus clientes habituais e aplicar descontos em troca da sua fidelidade no momento do pagamento.
A fidelização de clientes estrangeiros apresenta um papel relevante para setores como a venda de bens de luxo e a hotelaria. Nesse sentido, 68% dos retalhistas acreditam que é importante oferecer métodos de pagamento locais a clientes estrangeiros de modo a aumentar a sua confiança e lealdade. Já 25% consideram que quanto mais métodos de pagamento são oferecidos, mais oportunidades de venda existem.
Segurança é a maior preocupação para os consumidores
O relatório sublinha que a segurança continua a ser uma preocupação para os consumidores quando avaliam diferentes métodos de pagamento, algo que também se aplica às empresas.
Ao todo, 61% dos retalhistas inquiridos acreditam que é prioritário oferecer opções de pagamento com o menor risco de rejeição dos seus clientes, estabelecer regras contra fraudes no processamento de pagamentos eletrónicos, além de prevenir, detetar e bloquear transações fraudulentas.
84% dos consumidores valorizam a segurança oferecida quando têm de escolher um método de pagamento. Por outro lado, 72% dos inquiridos afirmam que nunca foram vítimas de fraudes ao fazerem compras.
Apesar de 73% dos utilizadores questionados considerarem o cartão de crédito ou débito como o método com que se sentem mais seguros, este é o método com que mais consumidores sofreram fraudes (15%). Para manter a segurança, 61% dos inquiridos preferem receber códigos de autenticação no seu telemóvel, através de SMS, quando fazem compras.
O que reserva o futuro para os métodos de pagamento?
Ao longo dos próximos três anos, os métodos de pagamento vão moldar os hábitos de compra. Para 35% dos consumidores, as e-wallets e os cartões virtuais vão substituir totalmente os cartões físicos de crédito ou débito até 2026. Além disso, 36% afirmam que os pagamentos em numerário nas compras se podem extinguir nos próximos três anos.
Já 86% das empresas acreditam que, até 2026, existirá um maior investimento em tecnologias que favoreçam as compras através de diferentes métodos de pagamento digitais. 81% preveem também que oferta de incentivos através dos métodos de pagamento como forma de fidelizar os clientes se tornará uma obrigação para os retalhistas.
Nota de redação: A notícia foi atualizada com informação corrigida. (Última atualização: 10h06 20/04/2023)
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