Em maio, o Centro para a IA responsável entrou numa nova fase, com incorporação como organização sem fins lucrativos. Na altura, Paulo Dimas, CEO do Centro, já tinha descrito com entusiasmo a entrada num novo capítulo, que vai “além do programa PRR, “sustentado nas conquistas de impacto dos últimos dois anos e meio”.
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Questionado pelo TEK Notícias, num momento com jornalistas à margem da terceira edição do Responsible AI Forum, sobre a evolução da iniciativa, Paulo Dimas detalha que a nova organização que foi criada, sem fins lucrativos, junta pessoas dos domínios da indústria, investigação e startups “para poder funcionar como promotor de consórcios de IA responsável”.
“Nós deixamos de ser apenas um consórcio e passamos a ser uma espécie de gerador de consórcios”, realça. Nas suas palavras, é “uma organização que tem a capacidade de juntar estes parceiros, que são startups de IA, centros de investigação e líderes da indústria, para criar produtos de inteligência artificial”, que usem esta tecnologia de maneira responsável.
“Nós já temos um novo consórcio planeado para avançar, ainda não sabemos o timing, mas se tudo correr bem avança já no próximo ano”, avança Paulo Dimas. Como explica, no fundo, esta será uma continuidade do consórcio, atualmente liderado por André Eiras, cofundador da Sword Health, que terminará em junho de 2026.
Embora ainda não possa avançar muitos mais detalhes sobre o próximo consórcio, incluindo sobre quem o vai liderar, o responsável deixa no ar que “pode haver boas notícias até ao final do ano”.
Durante a abertura do Responsible AI Forum, Paulo Dimas deu a conhecer mais sobre o progresso feito pelas soluções desenvolvidas pelo atual consórcio, que conta com 22 parceiros, incluindo 5 líderes de indústria, 9 startups, uma sociedade de advogados e 7 centros de investigação.
Por exemplo, através da solução de telereabilitação da Sword Health, “alimentada” por IA, foi possível registar uma redução de 93% nos tempos de espera para terapias físicas. Ainda no campo da saúde, o projeto Halo, que nasceu na Unbabel, está a ajudar pessoas com condições como Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) a recuperar a voz.
Soluções como a Priberam Care estão a melhorar a comunicação entre médicos e pacientes durante as consultas, realçou Pedro Dimas, apontando também para os resultados alcançados pela Visor.ai, cujo agente inteligente permitiu automatizar 99% das marcações de vacinas numa cadeia de farmácias.
Já na área do retalho, 95% das questões relacionadas com o regresso às aulas nas plataformas do Continente foram geridas por uma solução inteligente desenvolvida pela Automaise.
O responsável deu também conta do progresso do lado da Unbabel, cuja tecnologia já permite tratar de 90% das respostas a clientes japoneses de uma maneira que está mais alinhada com a sua cultura.
A ela juntam-se ainda as 6 a 8 horas semanais poupadas em pesquisas na área jurídica com o assistente Affine da NeuralShift, bem como check-ins 20% mais rápidos em 30 hotéis do grupo Pestana através da YooniK RID, a solução de identidade digital desenvolvida pela Youverse.
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