O resultado liquido da Microsoft cresceu 20%, para 21,9 mil milhões de dólares (cerca de 20,4 mil milhões de euros), ou seja 2,94 dólares de lucro por ação, indicador de referência em Wall Street, acima da média de 2,82 dólares esperados pelos analistas.

Nos primeiros três meses do ano foi o serviço de cloud (permite o armazenamento e o acesso a sistemas informáticos e a aplicações através da Internet) que fez superar as expectativas.

A divisão Intelligent Cloud, que inclui data centers, servidores e software, viu a receita subir 26%, o ritmo mais rápido em dois anos.

Esta área representa agora cerca de 43% das receitas da Microsoft, que está a afastar-se cada vez mais do seu modelo de negócio histórico, que se baseava no sistema operativo Windows e no seu pacote de software de produtividade Office.

A Microsoft também registou crescimento nas suas outras duas grandes divisões, Business Services (+12%) e Personal Computing (+17%), que inclui o Wndows, e os equipamentos para consola XBox.

As vendas de conteúdos e serviços relacionados com este último dispararam (+62%), graças à integração da editora de videojogos Activision Blizzard.

No total, a receita totalizou 61,9 mil milhões de dólares (57,7 mil milhões de euros), um aumento de 17% em relação ao ano anterior.

Após o fecho da bolsa de Nova Iorque, as ações da Microsoft ganharam quase 5%.

Este ano, em janeiro, a Microsoft atingiu uma valorização de três biliões de dólares, entrando para o "trillion dollar club" onde a Apple tem marcado presença.

O investimento na inteligência artificial contribuiu para o crescimento de valorização da gigante tecnológica, que no início de janeiro chegou mesmo a ultrapassar a Apple como a empresa mais valiosa do mercado, apesar de ser por apenas breves momentos.