Os portugueses que pretendam investir em Bitcoin ou noutras moedas virtuais devem “estar, especialmente, atentos ao risco destes produtos”, avisa a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.
Num alerta emitido esta quinta-feira, a entidade reguladora aponta “estudos internacionais” que indicam que “são produtos [as moedas virtuais] que têm gerados perdas substantivas”.
A CMVM aconselha, assim, os investidores interessados em produtos financeiros relacionados com moedas virtuais a pedirem "informação completa sobre os produtos e especificamente sobre os riscos aos intermediários financeiros".
Apesar dos altos e baixos, a valorização das moedas digitais tem sido “assustadora”, principalmente da Bitcoin. A moeda valia "apenas" mil dólares no início deste ano. No final de novembro, ultrapassou a barreira histórica dos 10 mil dólares e, depois de uma ou outra descida, está agora a rondar os 16 mil dólares.
Na economia digital a Bitcoin é suportada por um protocolo criptográfico de consensus que determina a sua taxa de criação e o montante máximo disponível, que será de 21 milhões em 2140. O protocolo é executado pelos nós de uma rede descentralizada de computadores, que processam todas as transações monetárias e as registam num livro público denominado Blockchain.
A Bitcoin pode ser comparada a uma plataforma de partilha de ficheiros peer-to-peer, mas neste caso apenas envolve dois utilizadores e assenta na transação monetária. O Manuel pode enviar uma determinada quantidade de dinheiro para o Pedro sem que esta ação passe por bancos e não ficando, por isso, sujeita a comissões e outras possíveis taxas.
A troca de dinheiro é também confidencial e encriptada, demorando cada transação entre 15 a 60 minutos até ficar completa. Este formato "secreto" torna a Bitcoin uma opção ideal para quem quer transferir grandes quantidades de dinheiro não declaradas.
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