O programa FET Open, incentivado pelo Conselho Europeu de Inovação (EIC), premeia tecnologias emergentes e acaba de dar luz verde ao financiamento de quatro projetos europeus no valor de 14,6 milhões de euros. Envolvidos nos projetos estão sete instituições científicas e empresas nacionais, que conseguiram obter cerca de um terço do financiamento dos projetos envolvidos, num total de 5,2 milhões que vêm para Portugal.

Segundo avança o Público, na primeira ronda de financiamento do FET Open houve 375 propostas, dos quais foram escolhidos 38 projetos espalhados por 23 países europeus, envolvendo 236 entidades, perfazendo um total de 124 milhões de euros de investimento.

Dos quatro projetos escolhidos com “dedo português” está o Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL) que coordena o projeto ChipAI, que engloba a participação da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, e diversas instituições científicas e empresas espalhadas pelo Reino Unido, Holanda, Espanha e Suíça. O projeto tem uma duração de três anos e um financiamento de 3,9 milhões de euros, repartidos pelo INL (650.000 euros) e Faculdade de Ciência (290.000 euros). O projeto pretende desenvolver os primeiros chips com suporte ao processamento de informação à velocidade da luz.

O segundo projeto chama-se NeuroStimSpinal e é coordenado pela Universidade de Aveiro para um valor de 3,5 milhões de euros. As empresas portuguesas Graphenest e Stemmatters englobam um consórcio que envolve instituições espanholas, gregas e holandesas. O projeto pretende recriar o microambiente tridimensional da medula espinal combinando características elétricas, químicas, mecânicas e topográficas, capazes de preservar a sobrevivência e melhorar a diferenciação de células progenitoras, como explicou a coordenadora do projeto, Paula Marques ao jornal. A Universidade de Aveiro arrecada 1,1 milhões de euros, e as empresas Graphenest e Stemmatters recebem 209.000 euros e 403.000 euros, respetivamente.

O terceiro projeto, que recebeu 4,2 milhões de euros de investimento chama-se NOVIRUSES2BRAIN e é coordenado pelo Instituto de Medicina Molecular, que arrecada 2,1 milhões do valor total. O projeto, que tem ainda envolvidas universidades espanhola e brasileira e uma empresa alemã, tem como objetivo criar um medicamente inteligente capaz de inativar diferentes tipos de vírus em simultâneo, tais como o sarampo, dengue ou Zika, por exemplo.

Por fim, o projeto Fish-AI, coordenado pela Universidade de Milão conta com a participação da empresa Biofabics. Dos três milhões de euros investidos no projeto, a empresa portuguesa conta com meio milhão, e envolvem ainda instituições científicas de Israel, Bélgica, Noruega e Holanda. O objetivo do projeto é desenvolver um microdispositivo com tecnologia “organ-on-a-chip”, que segundo Pedro Costa, fundador da Biofabics, ao Público, explica que é onde se colocam células que se irão comportar da mesma forma como se estivessem num corpo humano, a fim de imitar um órgão, neste caso, um micro-intestino de um peixe.

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