Cripto perde mais de 570 milhões de dólares com hacks e fraude. Ataque à DMM Bitcoin foi o mais pesado

28 jun 2024 09:07

O novo relatório da Immunefi mostra que no segundo trimestre de 2024 o ecossistema Web3 mais do que duplicou as perdas em relação ao ano anterior. Só este ano os ataques de hackers e fraude já levaram a perdas de 920 milhões de dólares.

Os números foram revelados no relatório da Immunefi, a empresa que desenvolveu uma plataforma de plataforma de bug bounty e serviços de segurança para DeFi (finanças descentralizadas), e indicam que entre abril e junho as perdas por roubo de hackers e fraudes cresceram 112% em comparação com o mesmo período de 2023, chegando aos 572 milhões de dólares.

No Crypto Losses Report a Immunefi diz que em junho existiam quase 100 mil milhões de dólares alojados em protocolos Web3, o que se torna uma força de atração sem paralelo e uma oportunidade para hackers blackhat, que estão do "lado negro" da tecnologia e procuram oportunidades para ataques e roubo de fundos.

Mitchell Amador, fundador e CEO da Imunefi, lembra que a análise deste trimestre mostra como as fragilidades das infraestruturas podem levar aos hacks mais devastadores em cripto, porque uma falha pode dar origem a milhões de dólares de perdas. "Isto foi evidente neste trimestre, onde as perdas aumentaram principalmente devido a hacks direcionados para infraestruturas CeFi, superando o DeFi, apesar de um menor número de hacks neste setor. Medidas robustas para salvaguardar a totalidade do ecossistema são cruciais", avisa.

A plataforma identificou 72 casos em que os hackers exploraram protocolos cripto, com sucesso ou em tentativas que não conseguiram levar o ataque até ao fim, e ainda fraudes. Estas últimas representam uma fatia mais pequena, de 8,4 milhões, mas ainda assim preocupante, com 19 incidentes específicos.

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A maioria das perdas neste trimestre está relacionada com o ataque à DMM Bitcoin, a plataforma japonesa que perdeu 305 milhões de dólares, seguindo-se na lista a BtcTurk, a maior corretora cripto na Turquia que teve perdas de 55 milhões.

A empresa diz que as Finanças Centralizadas (CeFi) representam 70% da totalidade das perdas neste trimestre, enquanto as Finanças Descentralizadas (DeFi) representaram 30%. Em termos de alvos mais visados pelos hackers a Ethereum lidera com 46.6%, seguindo-se a BNB Chain com 24.7% e Arbitrum com 5.5%.

Desde o início do ano a Immunefi já identificou perdas de mais de 920 milhões de dólares, o que representa um crescimento de 24% face a 2023. O relatório do segundo trimestre pode ser consultado no site da empresa.