Apesar da LG continuar a investigar tecnologia para smartphones, como os ecrãs enroláveis, esta acaba por ser transversal a outros segmentos de negócio. E o certo é que a divisão mobile da empresa está a dar prejuízos há cinco anos, tendo acumulado cerca de 4,5 mil milhões de dólares (5 biliões de won). Numa carta enviada à sua equipa, que o The Korea Herald teve acesso, o CEO da empresa, Kwon Bong-seok, deixa a dica de que vai haver grandes mudanças nas operações do segmento de smartphones.
“Apesar de qualquer mudança de direção do negócio dos smartphones, os empregos vão ser mantidos, por isso não há necessidade de receio”, disse o líder da LG. Continuou a mensagem referindo que a competição no mercado global para os equipamentos mobile está a tornar-se feroz, por isso é tempo da LG fazer uma ponderação fria e tomar a melhor decisão.
Ao que tudo indica, a empresa coreana está a considerar diferentes cenários, desde a venda da sua divisão mobile, abandonar ou mesmo diminuir a sua posição neste negócio, indo de encontro a rumores anteriores de que poderia desmantelar a unidade de smartphones. O jornal avança com rumores de que 60% dos trabalhadores podem ser movidos e adicionados a outros negócios da empresa, assim como afiliados.
Há um novo modelo de negócio designado por ODM, em que as empresas contratam fabricantes externas para desenhar, desenvolver e produzir certos produtos mediante especificações próprias, e este pode ser um caminho a ser ainda mais utilizado pela LG, uma estratégia que ao que parece a Samsung também já adotou. Cerca de 30% da produção da Samsung de 2020 era ODM, enquanto a LG já ultrapassou os 70%.
Quando assumiu a liderança da LG, em janeiro de 2020, Kwon Bong-seok estava longe de adivinhar a crise que a pandemia de COVID-19 criou no mercado dos smartphones, com quebras acentuadas durante o ano. A empresa melhorou as receitas através de cortes, procurando explorar o mercado premium. Ainda assim, apesar desse esforço, a sua força no mercado diminuiu.
No terceiro trimestre de 2020, a LG colocou nas lojas 6,5 milhões de smartphones, números inferiores aos 7,2 milhões no mesmo período de 2019, segundo dados da Counterpoint. A empresa detém apenas 2% do mercado global dos smartphones.
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