A Google, através da casa-mãe Alphabet, estará em negociações avançadas para a compra da Wiz, a empresa que no ano passado recusou uma primeira oferta de aquisição da gigante da tecnologia, no valor de 23 mil milhões de dólares, para poder seguir dona do seu destino.

A informação, que cita fontes próximas do processo, foi avançada em primeira mão pelo The Wall Street Jornal. Outros meios já estão a avançar informações no mesmo sentido, como a Reuters, indicando que se o negócio se concretizar deverá valer 30 mil milhões de dólares.

Para a Alphabet, a compra da Wiz nestes termos seria a sua maior aquisição de sempre. As fontes citadas dizem que as negociações estão avançadas mas não estão fechadas e isso pode significar que ainda há margem para alterações à fórmula final de um possível acordo.

No ano passado, quando escolheu dizer não à oferta da casa-mãe da Google, a Wiz, explicou que preferia manter o foco na dispersão de capital em bolsa, que estava em preparação.

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A Wiz desenvolve soluções de segurança alimentadas por inteligência artificial que funcionam na cloud e para a cloud, ajudando as empresas a manterem as suas plataformas na nuvem mais seguras. Em maio do ano passado, a tecnológica levantou investimentos de 1.000 milhões de dólares, passando a ter uma valorização estimada de 12 mil milhões de dólares.

“Embora nos sintamos lisonjeados com as ofertas que recebemos, optámos por continuar no nosso caminho para construir a Wiz”, referia em julho Assaf Rappaport, CEO da startup israelita fundada há cerca de cinco anos.

Recorde-se que o negócio de cloud já se transformou numa das grandes fontes de receita da Google, que no ano passado faturou 43 mil milhões de dólares só nesta área. Nesta área a gigante das pesquisas disputa terreno com a Microsoft e a Amazon.

A última grande aquisição da Google na área da cibersegurança aconteceu em 2022 e visou a compra da Mandiant por 5,4 mil milhões de dólares. Já para chegar ao maior negócio de sempre da tecnológica até à data é preciso recuar até 2012 e à compra da Motorola Mobility por 12,5 mil milhões de dólares. A decisão não foi a melhor, como o tempo mostrou rapidamente, e os ativos acabaram por ser vendidos mais tarde com perdas.