A estratégia foi revelada por Jake Dyson, engenheiro chefe da empresa, que apresentou o novo plano de de investimento da Dyson para os próximos cinco anos que ascende a 2.75 mil milhões de libras, cerca de 3,19 mil milhões de euros. A ideia é desenvolver máquinas que utilizam software e conectividade para se auto aperfeiçoarem.
A nova geração de produtos inteligentes vai tirar mais partido também dos dados. Jake Dyson garante que os desenvolvimentos no software e as capacidades dos produtos conectados vão facilitar a vida dos clientes, resolvendo problemas antes mesmo de os proprietários das máquinas Dyson se aperceberem de que eles existem.
Através da utilização dos sensores, da electrónica e de vários sistemas de controle os aspiradores e purificadores de ar recolhem mais dados que podem ser usados para melhorarem o seu desempenho, e também para fornecer indicações sobre a poluição do ambiente. A Dyson indica que os purificadores de ar detectam e capturam a poluição, informando os proprietários sobre a qualidade do ar nas suas casas e dando informações sobre o desenvolvimento futuro do produto. Também o aspirador Dyson V15 conta e mede partículas microscópicas, dando uma avaliação precisa ao utilizador e indicando ainda áreas de pó e sujidade no chão.
Estas são mudanças significativas, mas a Dyson quer que as máquinas se tornem mais inteligentes à medida que são utilizadas, com a capacidade de identificar problemas e resolvê-los, antes mesmo que os clientes se apercebam de que alguma coisa não está a funcionar.
"Onde o software e a ciência dos dados nos levam não tem a ver com artifícios ou características infrutíferas. Trata-se de trazer um propósito e facilitar a vida das pessoas - cuidamos do produto sem que tenham de se preocupar. Investimos nos nossos laboratórios e Campus do Reino Unido, Singapura, Filipinas e Polónia para a nossa crescente equipa de engenharia que trabalha em tecnologias altamente secretas e sustentavelmente inteligentes, com uma perspetiva a 15 anos", explica Jake Dyson, citado em comunicado.
A empresa tem vindo a investir em robótica e coloca agora o desenvolvimento de software no centro da estratégia com o recrutamento de programadores e cientistas de dados. O objetivo é multiplicar por 10 o número de colaboradores nesta área apenas numa década. Segundo os dados, 45% dos engenheiros em início de carreira da Dyson trabalham em equipas baseadas em software.
A informação partilhada pela Dyson mostra que antes o software era usado para o controle dos componentes individuais dos aparelhos mas que agora é vital em todas as funções da tecnologia Dyson. Software incorporado, desenvolvimento de aplicações e da cloud, e camadas de software de bordo - algoritmos, aprendizagem de máquinas, inteligência artificial - permite aos aparelhos da Dyson fazer funções sofisticadas para além da mecânica.
Um dos exemplos é o robot Dyson 360 Heurist, que aspira de forma autónoma, ou app MyDyson que foi recentemente lançada com informação dos produtos conectados e tutoriais personalizados.
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