A tomada de pose da liderança do Twitter tem sido tudo menos pacífica para Elon Musk. As suas decisões para aumentar as receitas da rede social têm causado controvérsia, tais como a subscrição para tornar uma conta verificada, o que tem levado muitos utilizadores a sair da plataforma, incluindo influencers e figuras públicas. Mas a situação parece um “barril de pólvora” no interior da empresa, com despedimentos em massa, o pedido de regresso de funcionários, mas agora executivos decidiram abandonar aquele que parece ser um navio a naufragar.
Segundo avança a Reuters, Yoel Roth, o responsável por monitorizar a equipa de combate ao discurso de ódio, desinformação e spam do serviço despediu-se esta quinta-feira. Embora o anúncio não tenha sido oficial, mas sim com base de pessoas ligadas ao assunto, o próprio já atualizou a sua página de perfil do Twitter, referindo ser o ex-diretor de Trust & Safety da plataforma. Por outro lado, Lea Kissner, líder da segurança de informação da plataforma, revelou mesmo na sua conta a decisão de abandonar a empresa agora liderada por Elon Musk.
Também no vagão das saídas encontram-se o diretor de Privacidade, Damien Kieran e a responsável pelo Compliance, Marianne Fogarty, que também apresentaram a carta de demissão a Elon Musk. Houve rumores de que Robin Wheeler, a executiva responsável pela área de venda de publicidade também tinha saído da empresa, mas a própria confirmou permanecer na empresa.
A saída dos executivos, sobretudo os ligados à área de privacidade e compliance, já levantou preocupações ao regulador FTC, considerando que a empresa possa estar a violar o cumprimento das leis. O próprio advogado de Elon Musk, Alex Spiro, garantiu que a rede social continua a cumprir com as suas obrigações.
Recorde os memes sobre a compra do Twitter por Elon Musk:
No meio da revolução interna da direção da empresa, lembrando que Elon Musk despediu toda a direção mal tomou posse, o próprio já deixou o alerta de que o Twitter pode enfrentar um problema de bancarrota. O anúncio foi feito na sua primeira reunião coletiva da empresa desde que assumiu o cargo de liderança, referindo que não se podia colocar de lado a possibilidade de falência.
Num email enviado a todos os colaboradores da empresa, Elon Musk disse que o Twitter poderia não ter condições de sobreviver os próximos meses de incerteza económica, caso falhasse em aumentar as receitas das subscrições. Foi ainda referido que o magnata terá avisado que a empresa poderia perder milhares de milhões de dólares no próximo ano. Quando o próprio tomou posse, afirmou que a empresa começou a perder mais de 4 milhões de dólares por dia, alegadamente por muitos investidores de publicidade terem abandonado a plataforma.
Nas contas avançadas pela Reuters, quando o negócio de compra do Twitter foi fechado, a empresa tinha uma dívida de 13 mil milhões de dólares. E pagamentos na ordem dos 1,2 mil milhões de dólares nos próximos 12 meses, ultrapassando o cash flow calculado em 1,1 mil milhões, em números de junho.
De recordar que Elon Musk tem vindo a tomar ações para aumentar rapidamente as receitas do Twitter, incluindo a polémica subscrição do Twitter Blue por 8 dólares mensais, que inclui agora a verificação da conta.
Outra polémica desta semana diz respeito à obrigação dos empregados do Twitter regressarem à empresa para cumprirem as suas 40 horas semanais, passando a ser proibido o trabalho remoto. Regime que está em linha com o imposto nas outras empresas de Elon Musk, a Tesla e a SpaceX.
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