O programa Emprego + Digital já tinha sido anunciado e foi hoje formalizado, numa parceria o Instituto do Emprego e da Formação Profissional (IEFP), a Estrutura de Missão Portugal Digital (EMPD) e a CIP – Confederação Empresarial de Portugal. A iniciativa foi considerada inovadora pelos vários parceiros, na capacidade de interligação entre áreas governativas, mobilização e na ligação dos currículos às necessidades das empesas.
A meta de formar 25 mil pessoas foi apontada por Ana Mendes Godinho, ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social. na cerimónia de apresentação do programa, que decorreu online. A governante, que tem a tutela do IEFP lembrou que a mobilização da indústria foi muito rápida, e elogiou a dinâmica que foi desenvolvida neste programa.
Segundo o presidente da CIP, António Saraiva, até agora e “em pouco mais de três semanas” 22 associadas da confederação empresarial aderiram ao programa e serão implementadas 1.500 ações de formação em todo o país. Entre os 22 associados da CIP que aderiram ao programa estão a Associação Industrial Portuguesa (AIP), a Associação Têxtil de Portugal (ATP), a Associação dos Industriais Metalúrgicos (AIMMAP), a Associação Industrial de Aveiro (AIDA), a Associação Portuguesa de Industriais de Calçado (APICAPS) e a Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE).
Pedro Siza Vieira, ministro de Estado e da Economia, sublinhou a importância que o desenvolvimento de competências digitais tem para poder qualificar os trabalhadores para as necessidades das empresas na economia digital, e afirmou que este programa conseguiu "num curto espaço de tempo chegar a 23.500 trabalhadores em empresas do setor industrial, num objetivo de 25 mil trabalhadores para o ano de 2021, já estando assim comprometidos mais de 95% do objetivo".
Os cursos vão abranger as várias áreas de utilização das ferramentas digitais, desde o apoio aos clientes até à área financeira, passando por componentes mais avançadas, como o desenho assistido por computador.
António Saraiva citou um estudo realizado pela CIP no ano passado sobre “Automação e o Futuro Do Trabalho Em Portugal”, elaborado em parceria com o McKinsey Global Institute e a Nova School of Business and Economics, que avalia o impacto da automação no futuro do trabalho e mede o potencial de automação da economia portuguesa até 2030.
O documento identifica o potencial de automação de tarefas, e a redução para metade do tempo gasto em processos, mas também as oportunidades de criação de postos de trabalho. Mas para que este potencial se concretize há um grande desafio de requalificação da força de trabalho e cerca de 700 mil trabalhadores terão de alterar a sua ocupação ou adquirir novas capacidades até 2030.
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