Nos próximos quatro anos o recurso a serviços alojados na nuvem por parte do mercado empresarial deverá aumentar de forma exponencial entre as empresas europeias, passando a captar 8,2 mil milhões de euros.

O valor é impressionante quando comparado com o valor que em 2010 as empresas despendiam com este tipo de soluções: 560 milhões de euros.

As estimativas foram divulgadas pela IDC, que afirma que a evolução do mercado se fica a dever às empresas que fizeram parte da primeira "vaga" de utilizadores dos serviços profissionais na cloud e que agora estão a migrar cada vez mais soluções para este modelo.

"Os early adopters começaram, em regra, a usar soluções na nuvem em paralelo com as suas infra-estruturas de TI já existentes, mas em 2010 começámos a ver mais empresas a migrar soluções para a nuvem e a fazer planos para futuras migrações", conta Mette Ahorlu, da IDC Europa.

O responsável explica que não se espera que tudo seja transferido para a nuvem, mas "os early adopters deverão transferir a maioria dos seus serviços de TI para a nuvem durante os próximos cinco anos e a grande seguirá o seu exemplo em apenas alguns anos".

Os novos ambientes de TI contarão com elementos das tradicionais infra-estruturas, das nuvens privadas das empresas e da nuvem pública. Consequentemente, a gestão e integração torna-se um desafio para o qual as empresas europeias deverão, tendencialmente, preferir contratar um prestador de serviços externo, o que ajudará o mercado de serviços na nuvem a crescer, acrescenta a consultora.

De acordo com a IDC, 25 por cento dos serviços na nuvem destinados a empresas serão prestados no âmbito de contratos de outsourcing. Isto terá uma importância determinante na escolha do fornecedor de serviços, realça. Este deverá ser capaz de gerir tanto o ambiente tradicional como o novo e oferecer soluções para a migração durante a duração do contrato.

Para os consumidores, as alterações deverão resultar no acesso a serviços com menos custos associados, conclui a empresa.