As empresas portuguesas estão mais familiarizadas com o outsourcing de componentes do seu negócio, admitindo discutir o tema e apresentando menos resistências do que as suas congéneres espanholas. Um estudo encomendado pela Edinfor-LogicaCMG para a Península Ibérica indica que a diferenciação dos mercados se vê também na implementação dos projectos.

De acordo com os dados agora divulgados, metade das maiores empresas portuguesas debate regularmente o tema da externalização quando apenas um quarto das companhias de idêntica dimensão o faz em Espanha. As empresas portuguesas estão também mais familiarizadas com o outsourcing e 34 por cento já implementou projectos desta natureza, enquanto em Espanha só 21 por cento das grandes empresas aderiu.

A Edinfor-LogicaCMG, que tem feito uma grande aposta na área do outsourcing, afirma ainda que as empresas espanholas se mostram mais resistentes à ideia de externalizar algumas funções, sendo que 10 por cento rejeitam liminarmente essa opção contra 7 por cento das organizações portuguesas.

As ideias divergem também nos factores que incentivam o outsourcing, destacando os gestores portugueses o alto nível de conhecimento especializado enquanto os espanhóis dão maior realce à redução de custos, considerada imprescindível para 76 por cento dos espanhóis.

Como factores comuns dentro das empresas ibéricas estão as áreas em que o outsourcing é realizada, maioritariamente nas áreas da Segurança (de instalações e informática) e das Tecnologias de Informação (TI).

A análise foi realizada pela britânica Coleman Parks Research para a LogicaCMG e a amostra abrangeu 50 administradores e directores financeiros das 350 maiores empresas de Portugal e igual número em Espanha.

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