A medida da agência federal de comunicações (FCC) foi anunciada no dia 25 de março com a indicação de que o software antivirus da Kaspersky é uma ameaça à segurança nacional dos Estados Unidos. Para além da Kaspersky, que é a primeira empresa russa a ser adicionada a esta lista depois do início da guerra com a Ucrânia, também a China Telecom e a China Mobile International foram listadas.
As autoridades dos EUA já tinham avisado que a execução do software da Kaspersky pode abrir as redes americanas para atividades ilícitas de Moscovo e baniram o principal produto antivírus da Kaspersky das redes das agências federais em 2017. A Kaspersky negou sempre ser uma ferramenta ao serviço do governo russo.
Na declaração da FCC não há nenhuma referência ao conflito atual na Ucrânia, com a invasão russa do país, nem aos alertas recentes de uma possível guerra informática que pode ser uma às sanções dos EUA e ao apoio à Ucrânia.
A Kaspersky já reagiu e afirmou, em comunicado, estar desapontada com a decisão da FCC, argumentando que ela foi "feita por motivos políticos". A medida foi “infundada e é uma resposta ao clima geopolítico, em vez de uma avaliação abrangente da integridade dos produtos e serviços da Kaspersky”, defende a empresa.
A agência alemã BSI já tinha emitido um aviso para a utilização do software da Kaspersky, alegando que avisado que a empresa de cibersegurança poderá ser coagida por agentes do Governo russo para usar a sua infraestrutura para lançar ciberataques
O regulador norte americano já colocou cinco empresas chinesas na lista de segurança, incluindo a Huawei Technologies Co e a ZTE na sequência de decisões que remontam a 2019. A Kaspersky é a primeira empresa russa que entra nesta lista de segurança que impede as empresas dos Estados Unidos de fazer negócios com essas companhias.
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