Estúdio de Angry Birds vai ser comprado pela SEGA por 706 milhões de euros

A direção da Rovio, estúdio dos conhecidos jogos Angry Birds, aceitou a oferta pública da SEGA, num negócio avaliado em 706 milhões de euros. Espera-se que o negócio seja concluído no segundo trimestre do ano fiscal de 2024.

A SEGA apresentou uma oferta pública de aquisição da finlandesa Rovio, o estúdio da popular série de jogos Angry Birds para smartphones. A editora japonesa, casa de Sonic the Hedgehog, fez a proposta através da sua sucursal europeia no Reino Unido, numa oferta de 706 milhões de euros.

A direção da empresa aceitou a oferta pública, considerando que os acionistas da Rovio somam um total de 49,1% das ações da empresas e respetivos votos na empresa. Espera-se que a finalização do negócio seja concluída no segundo trimestre do ano fiscal de 2024, estando sujeito à revisão dos reguladores sobre possíveis matérias antitrust. A MOOR Holding AB detém 15,57% da empresa finlandesa, a Adventurous Ideas 7,79%, a Brilliant Problems 7,79% e a Impera tem 6,13%, entre os principais acionistas listados.

A aquisição da Rovio faz parte da estratégia de expansão da SEGA a nível global. Anteriormente, a editora nipónica adquiriu diversos estúdios de sucesso, como a The Creative Assembly em 2005, responsável pela aclamada série de estratégia Total War, a Sports Interactive que anualmente entrega Football Manager, entre outras apostas.

Veja na galeria imagens de Angry Birds Journey:

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Ao concluir a compra do estúdio finlandês, a SEGA reforça o seu portfolio de jogos mobile. A experiência do estúdio em produzir para a plataforma mobile vai ajudar a SEGA a acelerar a expansão do seu catálogo, tendo como objetivo adaptar algumas das suas séries aos smartphones. A plataforma Beacon da Rovio, foca-se em operações de serviços para mobile na Europa e Estados Unidos, vai servir de base para os chamados “live services mobile” da SEGA

Outros gigantes da indústria dos videojogos também fizeram aquisições neste segmento, como a Take-Two que adquiriu a Zynga de Farmville por 12,7 mil milhões de dólares e a Microsoft que está em processo de compra da Activision Blizzard que lhe dará acesso à King de Candy Crush e Call of Duty Mobile.

Angry Birds foi lançado em 2009 e tornou-se um fenómeno quando os videojogos para smartphones ainda eram muito rudimentares. A diversão de arremessar pássaros numa fisga contra construções criadas pelos inimigos porcos rapidamente se tornou um grande sucesso. O jogo de estreia é considerado o primeiro a ser descarregado mil milhões de vezes, segundo dados do estúdio. E no ano passado, afirma ter alcançado a marca de 5 mil milhões de downloads em todo o seu catálogo. O universo de Angry Birds foi expandido através de sequelas e spin offs, tendo mesmo chegado ao cinema.

Para Haruki Satomi, CEO do grupo SEGA SAMMY, “através da combinação dos produtos de ambas as empresas, personagens e base de fãs, assim como a cultura corporativa e funcional, vai haver sinergias significantes criadas daqui para a frente”. O CEO da Rovio, Pelletier-Normand, diz que cresceu a jogar Sonic, que o cativou pelo seu design. E que mais tarde, quando jogou Angry Birds pela primeira vez, sabia que o gaming tinha evoluído para um verdadeiro fenômeno mainstream, com o poder de moldar a cultura moderna.