Um relatório da companhia canadiana AssetMetrix, o software de partilha de ficheiros tipo peer-to-peer, que permite a troca de música, filmes e mesmo software via Internet, é hoje endémico nas redes das empresas. Os utilizadores particulares têm estado nas últimas semanas na mira da Indústria musical, que pretende limitar a partilha de ficheiros, mas este estudo mostra que também nas empresas se praticam trocas de ficheiros consideradas ilegais.



O estudo que analisou empresas dos quatro cantos do mundo, mostra que as aplicações de partilha de ficheiros, como o Kazaa ou o Morpheus foram detectadas em três quartos das 560 firmas estudadas.



Ao que parece, quanto maior é a empresa, maior é o grau de penetração destas aplicações. Segundo os dados da AssetMetrix, não houve uma firma com mais de 500 trabalhadores em que não houvesse pelo menos um computador cujo respectivo disco rígido não alojasse um programa de partilha de ficheiros. Ao todo, dos mais de 175 mil computadores verificados, 9,23 por cento tinham instalado pelo menos uma aplicação deste género.



Quanto às companhias mais pequenas, estas "tendem a ser as mais voláteis no que diz respeito à percentagem de PCs com software de partilha de ficheiros", afirma Steve O´Halloran, director e porta-voz da AssetMetrix, no referido estudo. O número mais alto verificado neste relatório deu-se numa firma de pequena dimensão, onde em 58 por cento do seu sistema informático corria esse tipo de software.



"Observámos [nessas firmas] uma grande flutuação entre as casas dos 20 e 30 por cento. No entanto as companhias pequenas também tiveram o mais significativo número de zeros", acrescentou Steve O´Halloran.



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