Europa atrás do resto do mundo no investimento em TI

2 nov 2004 16:55

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Dados recentes da Gartner indicam que o investimento europeu em Tecnologias da Informação na Europa está a baixar face ao resto das regiões do mundo, prevendo-se um crescimento de apenas 2% nessa área em 2005, depois de uma queda de 5,8% este ano.

A despesa europeia em Tecnologias da Informação (TI) está a baixar comparativamente ao resto do mundo, segundo indicam os resultados de um estudo da Gartner onde se prevê um crescimento limitado do investimento no sector para o próximo ano.

A Gartner estima que o aumento dos gastos em TI na Europa se fique pelos dois por cento em 2005, face a uma queda de 3,8 por cento em 2004. O estudo revela igualmente que 76 por cento dos directores informáticos (CIO) europeus não esgotaram o orçamento que estava reservado às TIs durante o ano passado, contrariamente às expectativas de que os mesmos deveriam aumentar em cinco por cento durante esse período.

Para o final deste ano, o valor baixou para uns desapontantes 0,3 por cento, considera a Gartner. "Considerou-se positivo não gastar o orçamento de TI por inteiro", afirma Peter Sondergaard, responsável pelo estudo.

Os resultados do estudo, apresentados durante o Symposium/ITxpo - um encontro anual da Gartner -, mostram igualmente as tendências que deverão influenciar as estratégias de negócio das empresas nos próximos seis anos, como a "consumização" da tecnologia, ou seja, o facto do mercado das TIs ser cada vez mais marcado pelas necessidades do consumidor e não pelas necessidades organizacionais, ou as mudanças que se têm feito sentir na área do software.

A consultora sugere por isso que as empresas invistam na re-organização da sua infra-estrutura como uma série de processos que ligam as operações empresariais, colocando a arquitectura orientada para os serviços (service-oriented architecture - SOA) no topo das agendas dos CIOs.

"Registam-se neste momento grandes mudanças na indústria do software que ultrapassam as questões técnicas. Têm o poder de influenciar todos os aspectos, desde a gestão das TIs ao procurement", indicou Peter Sondergaard durante a apresentação do estudo. "Um dos grandes benefícios destas mudanças será o facto do software estar cada vez mais próximo de dar resposta às necessidades de agilidade do negócio empresarial actual. Entretanto, o continuar das mudanças nas ferramentas, tecnologias, funcionalidades, processos, produtos e relacionamento com os distribuidores colocará desafios significativos daqui para a frente".