A FIL já tomou a decisão de cancelar a SITIC 2007, que tinha data marcada para Setembro. A realização de vários eventos paralelos, motivados pela oportunidade da Presidência portuguesa da União Europeia, acabou por esgotar a capacidade das empresas de estarem presentes na feira de tecnologias de informação que este ano realizava a sua segunda edição, admitiu ao TeK Carvalho Pereira, director da FIL.

A decisão será formalizada só na próxima segunda feira, quando for ratificada pela comissão Executiva da AIP, sendo transmitida nessa altura aos expositores.

Apesar deste cancelamento, Carvalho Pereira garante que a FIL mantém a expectativa de voltar a realizar a SITIC no próximo ano. "Pensamos que é preferível tentar novamente criar de base um maior envolvimento dos diferentes protagonistas do que fazer um evento frágil, que seria entendido como um insucesso", justifica.

O conceito da feira não está em causa, até porque os contactos realizados com os diferentes protagonistas mostram que este se mantém válido, mas a data de realização poderá ser antecipada para Junho ou relegada novamente para Novembro - o mês tradicional, três cenários que estão a ser equacionados pela FIL.

"Queremos reunir a Comissão organizadora e as entidades públicas que estiveram mais activas na organização destes eventos paralelos de TI e definir uma data conveniente para a SITIC", esclarece o Director da FIL.

Organizações sobrepostas

A recém realizada POR TI e a mostra de empresas e soluções de RFID - marcada para Novembro, acabaram por esgotar a capacidade de investimento das tecnológicas portuguesas neste tipo de eventos, quer em temos financeiros quer em termos de organização. Carvalho Pereira admite esta questão mas afirma que mais do que querer apontar culpas, a FIl está mais interessada em tirar lições positivas.

"As empresas que participaram vão perceber que é bom estar em feiras pelos resultados de mediatismo que se obtém", salienta. Por outro lado, Carvalho Pereira defende que também as entidades públicas que se mobilizaram para organizar estes eventos paralelos podem perceber que se houver uma junção de esforços é possível conseguir um evento de TICs com maior qualidade e gastando menos dinheiro.

"Não há razão nenhuma para as entidades não se juntarem e fazerem o evento que o sector e o país merecem", acrescenta.

A POR TI foi dinamizada pelo Ministério da Economia e decorreu esta semana, juntando perto de 90 empresas. Apesar do mediatismo conseguido, sobretudo em resultado da visita do Primeiro-ministro, a mostra acabou por contar com poucos visitantes, como o TeK dava conta ontem, no dia do encerramento.

Para Novembro está também marcada uma exposição de empresas e soluções de RFID, que também conta com a participação de entidades públicas, para além da exposição de empresas de TIC que a APDC organiza a par do Congresso das Telecomunicações, marcado para Dezembro.

Fátima Caçador

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