Esta quarta-feira ficou marcada pelo despedimento de centenas de funcionários pela Google, afetando diversas divisões incluindo o assistente Google Assistant e do hardware, como os smartphones Pixel Phone. Segundo o The New York Times, a gigante tecnológica estará alegadamente a querer baixar as despesas, de forma a concentrar-se na inteligência artificial.
As informações referem que vários empregados da divisão principal de engenharia foram dispensados. No hardware, além da área dos smartphones ter sido afetada, há notícia de que a divisão de smartwatches Fitbit e o termostato Nest houve também despedimentos, de acordo com três testemunhas.
Centenas de empregados perderam o acesso corporativo à área de engenharia, tendo recebido a informação de que os seus postos tinham sido eliminados. Numa nota de informação interna aos empregados, que o NY Times teve acesso, lê-se que “tivemos de tomar algumas decisões difíceis sobre os postos de alguns funcionários e lamentamos informar que essa posição foi eliminada”.
O website 9to5Google obteve declarações oficiais da Google, confirmando os despedimentos. “Algumas centenas de posições foram eliminadas na DSPA com a maioria a ter impacto na divisão de hardware relacionado com realidade aumentada. Apesar de estarmos a fazer mudanças na equipa, a Google continua comprometida a outras atividades de realidade aumentada, experiências nos nossos produtos e de parceiros”.
Um porta-voz da Google referiu ainda no NY Times que a empresa se encontra a investir responsavelmente nas suas principais prioridades e nas oportunidades significativas que tem pela frente. Esta nova vaga de despedimentos acontece um ano depois da Alphabet, a casa-mãe da Google, ter anunciado o despedimento de 12.000 trabalhadores, naquele que foi um ano negro para as grandes empresas tecnológicas nas dispensas de funcionários. Só em janeiro de 2023 as empresas tinham despedido mais de 84 mil funcionários.
A notícia surge um dia depois da Amazon ter também anunciado o despedimento de centenas de funcionários, afetando a plataforma de streaming Twitch e os estúdios internos da empresa. A Twitch foi a mais afetada, com uma dispensa de 500 trabalhadores, numa redução de 35%, anunciou ontem em comunicado.
A empresa diz que o negócio da Twitch continua forte e pagou cerca de mil milhões de dólares aos streamers da plataforma. Mas diz que o tamanho da empresa e da equipa estava avaliado baseado numa perspetiva otimística do negócio daqui a três ou mais anos e não na posição em que se encontra atualmente.
Além da Twitch, também a Prime Video e a Amazon MGM Studios vão ser afetados em centenas de postos, segundo um email enviado aos empregados.
Nota de redação: O SAPO TEK contactou a Google Portugal para perceber se os cortes afetam os funcionários da divisão em Portugal.
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