A Google alcançou a neutralidade de carbono em 2007, pela primeira vez, e desde então tem seguido um plano para se tornar totalmente livre das fontes de energia de combustão até 2030. A gigante tecnológica tem vindo a comprar, desde 2017, energia solar e eólica suficiente para corresponder a 100% do consumo global de eletricidade. E até 2030 quer gerir todos os seus negócios com energia livre de carbono 24/7, em todos os lugares onde opera durante a próxima década.
Esse foi, aliás, um dos pontos que a empresa levou para o Web Summit, em dezembro de 2020, explicando como unificou todas as suas tecnologias para melhorar a vida das pessoas a nível global, considerando que o impacto no ambiente é uma das suas principais preocupações. A utilização de inteligência artificial foi utilizada para regular e controlar sistemas de refrigeração, naquilo que a empresa considera “detalhes”, mas importantes, para poupar energia. Como exemplo, os seus centros de dados, que alimentam o Gmail e Google Cloud, têm vindo a registar uma diminuição de energia carbonizada, e se em 2019 estava em média 1,67% dependente, nos 12 meses seguintes passou para 1,10%.
No balanço que a Google partilha agora, é possível aos seus clientes escolherem as regiões onde a Cloud está disponível, totalmente alimentada por energias livres de carbono. A empresa disponibilizou um website onde lista as regiões onde disponibiliza cloud baseado no medidor de percentagem livre de carbono (CFE%). A tecnológica salienta clientes como a Salesforce que já está a integrar o impacto ambiental na mesma estratégia de TI, de forma a descarbonizar os seus serviços disponíveis aos seus parceiros.
A Google explica que o CFE% diz a média do quanto a região já é alimentada por energia descarbonizada numa base horária. “Maximizar a quantidade de energia livre de carbono que alimenta as vossas aplicações ou respetiva carga de trabalho vai ajudar a reduzir as emissões de carbono”, refere a tecnológica no comunicado.
No mapa global em que disponibiliza plataforma Google Cloud, algumas regiões já oferecem uma elevada percentagem de energia descarbonizada, incluindo Oregon, nos Estados unidos com 89% e a Finlândia com 77%. Também já foram traçadas futuras regiões que vão iniciar o processo energético sem carbono, nomeadamente Madrid, Toronto, Santiago do Chile, Varsóvia, Melbourne, Milão e Delhi na Índia.
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