Depois de oito anos de suspensão, o Conselho Superior de Ciência, Tecnologia e Inovação (CSCTI) foi hoje reactivado oficialmente com a tomada de posse do investigador João Lobo Antunes na presidência. Funcionando na dependência do Ministério da Ciência e do Ensino Superior, o CSCTI é considerado um fórum de reflexão sobre estas áreas e reúne personalidades de diferentes sectores, desde o mundo académico ao empresarial.
Maria da Graça Carvalho, ministra da Ciência e Ensino superior, afirmou que esta reactivação traduz a "aposta firme do Governo na Ciência, Tecnologia e Inovação, factores essenciais ao desenvolvimento e competitividade". Relembrando o facto do Conselho reunir personalidades de diferentes áreas, a ministra afirmou que o CSCTI "será um fórum de reflexão privilegiado para as grandes reformas que o país exige na área".
No seu discurso, o novo presidente afirmou que não pretende esquecer os contributos dos seus antecessores, mas que este será um conselho novo, onde se torna particularmente aliciante a tarefa de moldar as funções e descobrir novas formas de intervir e inventar a utilidade. Depois de anos de "animação suspensa", João Lobo Antunes quer dar nova vida ao Conselho, oferecendo aos Governantes "uma visão do futuro", apesar de reconhecer que não cabe ao CSCTI a execução de políticas, mas reservando "a liberdade de se pronunciar por iniciativa própria".
João Lobo Antunes assumiu para o Conselho duas grandes missões: a de "contribuir para uma audição sem preconceito de todos os parceiros - de governantes a cientistas, das universidades às industrias, dos laboratórios de investigação financiados pelo Estado a investigação privada" e ainda a de "tornar claro que a investigação fundamental não é uma actividade de luxo". O investigador recordou que os avanços tecnológicos são produzidos normalmente nas Universidades e que entre nós 70% da investigação básica é levada a cabo nestas instituições.
A constituição do Conselho remonta a 1986, na altura sob a égide do ex-Ministério do Plano e da Administração do Território e com a designação de Conselho Superior da Ciência e da Tecnologia. Desactivado desde 1995, foi reestruturado em 1996, com a denominação de Conselho Superior da Ciência e Tecnologia, no ano em que Mariano Gago tomou posse, mas na prática nunca chegou a funcionar.
Em Julho de 2002, após a tomada de posse do XV Governo Constitucional, o Conselho Superior da Ciência e da Tecnologia passou a designar-se Conselho Superior de Ciência, Tecnologia e Inovação, "assinalando a importância do impacto económico da Inovação para o desempenho do tecido empresarial, e a sua consequente importância para o desenvolvimento sustentado do país", justificava na altura o Governo. A partir daí o CSCTI passou a integrar também as funções e competências do Gabinete Coordenador de Política Científica e Tecnológica, designadamente na coordenação dos Laboratórios do Estado.
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