No dia em que se sabe que o fundo participado por Bono Vox, o vocalista dos U2, adquiriu no final do ano passado uma posição de 1 por cento no Facebook, é também revelado que a AOL planeia vender ou fechar a Bebo.



A rede social tinha sido comprada pela empresa norte americana há cerca de dois anos. Na altura pagou pelo activo 850 milhões de dólares (634 milhões de euros).



A informação foi revelada depois da empresa enviar uma carta aos empregados explicando a intenção. Na carta, citada por várias publicações internacionais, a AOL sublinha que o universo das redes sociais encerra um espaço de forte concorrência onde só o crescimento determina o êxito.



No caso da Bebo - comparada em Março de 2008 a dois britânicos - o movimento foi precisamente o inverso. Desde que foi adquirida pela AOL a plataforma só perdeu. Na altura somava 40 milhões de utilizadores. Era um dos serviços do género mais usado no Reino Unido e liderava em mercados como a Irlanda ou a Nova Zelândia. Nos Estados Unidos era a terceira rede social mais usada, logo a seguir ao MySpace e ao Facebook.



Hoje a Bebo não consegue mais que 12,8 milhões de visitantes únicos mês, contra os 462 milhões conseguidos pelo Facebook, de acordo com números da comScore. Esta por seu lado mantém-se no topo das preferências dos utilizadores em todo o mundo, e não só. Além dos utilizadores, também os investidores estão atentos ao fenómeno de popularidade em que a plataforma social se tornou. Prova-o, por exemplo, o investimento da Elevation Partners participado por Bono, como revela a edição de hoje do The New York Times. Segundo o jornal a empresa terá desembolsado qualquer coisa como 90 milhões de dólares (67,1 milhões de euros) para assegurar uma posição de 1 por cento no serviço, o que pressupõe uma avaliação da empresa na ordem dos 9 mil milhões de dólares (6,7 mil milhões de euros).



Para conseguir reactivar a Bebo e criar um concorrente à altura dos líderes actuais do mercado neste campeonato a AOL admite que teria de fazer um investimento significativo, que não está em condições de realizar, sobretudo depois da separação da Time Warner no final do ano passado.