Um cliente da Apple nos Estados Unidos está a processar a fabricante do iPhone, alegando que os anúncios da empresa ao Siri são publicidade enganosa. O queixoso afirma que o assistente pessoal do telefone é incapaz de desempenhar as tarefas prometidas pela marca.

"Fraudulentos e enganosos" é como o cidadão nova-iorquino classifica os anúncios da Apple, no processo intentado ontem, num tribunal da Califórnia, relata o Digital Trends.

De acordo com o documento a que o Wall Street Journal teve acesso, o cidadão nova-iorquino alega que na publicidade o Siri é apresentado a "marcar reuniões, encontrar restaurantes, e até mesmo aprender acordes na guitarra de clássicos do rock ou como fazer o nó numa gravata", quando na prática a ferramenta se revelou desanimadora.

"Nos anúncios todas estas tarefas são desempenhadas com facilidade", ao contrário daquele que é, na realidade, o desempenho do Siri, alega o utilizador, explicando que sempre que tentou usar o assistente para, por exemplo, obter direções para um local, "o Siri ou não percebeu o que o queixoso solicitava ou, após um longo período de espera, lhe deu uma resposta errada".

Segundo se defende na ação em tribunal, o Siri será "na melhor das hipóteses um trabalho em desenvolvimento", pelo que a forma como é anunciado pela companhia constitui publicidade enganosa.

Recorde-se que o assistente virtual para o iOS foi lançado em outubro, com o iPhone 4S, encontrando-se ainda em versão beta e são conhecidas algumas das suas dificuldades em lidar com os sotaques de várias partes do mundo. Para além do inglês, francês e alemão, o serviço passou recentemente a estar disponível em japonês.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Joana M. Fernandes