A IDC prevê que o ano 2005 seja de alguma turbulência para o sector das tecnologias. Antevêem-se movimentos de consolidação, realinhamento de estratégias e um abandonar dos esforços para encontrar uma killer application, entretanto substituídos por estratégias mais eficazes para captar os segmentos mais lucrativos do mercado.



A consultora pressagia uma guerra intensa entre as empresas lideres de mercado, que já no ano passado começou a delinear-se, no sentido de reduzir custos nas estruturas e focalizar esforços nos segmentos de mercado mais lucrativos, uma tendência que deverá mesmo começar a estender-se a vendedores menos poderosos e aos segmentos médios, de acordo com a previsão.



As previsões de crescimento para o sector em geral não vão além dos 6 por cento, diz a IDC que atribui esse factor à grande pressão exercida sobre as empresas para diminuir ou manter a sua estrutura de custos no máximo da eficiência. Os grandes mercados, como a Europa deverão continuar a crescer de forma moderada, enquanto para os mercados emergentes o ano de 2005 será mais uma vez de crescimento acelerado.



Na Europa a IDC assinala uma recuperação lenta da economia como condicionante dos investimentos na área de TI e antevê que o UMTS nas comunicações móveis e a venda de PCs como factor dinamizador da introdução de novos serviços de banda larga sejam dois dos principais pontos de crescimento. Os incumbentes assumem no velho continente um papel fundamental enquanto prestadores de serviços TI, sendo os principais impulsionadores de um conjunto de novos serviços.



Em termos globais, espera-se que nas telecomunicações se prolongue uma fase de redesenho de forças e consolidação do mercado. Do lado do consumidor é esperada a proliferação das ofertas, das opções de banda larga e dos dispositivos convergentes, assim como a continuação da digitalização dos média e a consolidação de posições dos líderes de mercado.



A disputa entre plataformas e infra-estruturas continuará também a animar o mercado de TI, com a Microsoft a tentar assegurar a sua presença de liderança no mercado de software, eventualmente apostando em novas aquisições, considera a consultora. O software livre, que se vai afirmando como ameaça à coroa de Bill Gates, deverá este ano acumular um crescimento de 20 por cento na área de servidores.



Por indústrias a IDC prevê que as telecomunicações, serviços financeiros, utilities, electrónica, ciências da vida e automóvel estejam em melhor posição para desenvolver novas competências tecnológicas influenciadas por factores que podem relacionar-se com estratégias de crescimento, pressão do mercado ou imposições regulatórias.



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