À medida que “perde terreno” em relação a outras fabricantes devido a atrasos na produção, a Intel decidiu fazer uma reestruturação completa do departamento de Tecnologia, Arquitetura de Sistemas e Cliente (TSCG, na sigla em inglês). De saída está o Chief Engineering Officer Murthy Renduchintala, o especialista em processadores responsável pela vasta maioria do hardware da empresa desde 2015.
Em comunicado, Bob Swan, presidente da fabricante norte-americana, explica que o departamento será dividido em cinco novas seções, cada uma liderada por um executivo diferente.
O objetivo da mudança é acelerar o desenvolvimento de novas tecnologias, e concentrar as atenções na produção dos semicondutores de 7 nanómetros, um projeto que tem vindo a ser sucessivamente adiado.
A cargo de supervisionar a produção dos chips, cuja chegada está prevista para 2022, está Ann Kelleherm que se torna agora na responsável pela seção de Desenvolvimento de Tecnológico do TSCG.
A saída de Murthy Renduchintala marca um período particularmente atribulado para a Intel. Depois apresentar o relatório financeiro do segundo semestre de 2020, a empresa revelou que os seus planos para se manter na linha da frente da inovação falharam.
Durante a apresentação dos resultados financeiros, Bob Swan terá admitido que a Intel está a considerar a terceirização do processo de fabrico dos processadores, avançou a Bloomberg. A revelação causou uma quebra de 16% na cotação da empresa na bolsa de valores. Ao todo, estima-se que tenha perdido 40 mil milhões de dólares em capitalização bolsista.
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