A utilização da Internet como fonte de informação médica tem vindo a ganhar cada vez mais adeptos junto dos consumidores americanos, o que tem vindo a reforçar o papel da Web na área da saúde.


Um estudo realizado pela Accenture revelou que, apesar de considerarem os médicos e os farmacêuticos as principais fontes de informação médica de confiança, os conteúdos disponibilizados online são um recurso cada vez mais utilizado pelos consumidores para a recolha de informação sobre medicamentos.


Os dados avançados pela consultora indicam que 61 por cento dos inquiridos consideram os médicos como "a maior fonte de confiança para informações sobre medicamentos", seguindo-se os farmacêuticos (16 por cento) e sites médicos (13 por cento).


Um quarto do total de inquiridos revelou que a recolha de informações é feita maioritariamente em sites patrocinados por empresas farmacêuticas.


Philip George, Partner da Accenture em Health & Life Sciences afirma, em comunicado, que "os sites de medicina disponíveis online representam já um canal muito importante para os consumidores" o que permite que os "pacientes se tornem mais envolvidos em escolhas sobre a sua saúde" e, simultaneamente possam discutir com os seus médicos sobre as informações recolhidas.


Entre as principais motivações dos inquiridos para efectuarem pesquisas relacionadas com a saúde na Web destaca-se a preocupação em identificar com maior segurança os riscos e efeitos secundários associados a determinado tipo de medicação, referida por 81 por cento do total de inquiridos.


Cerca de 76 por cento dos indivíduos entrevistados referem que a pesquisa é meramente educativa de modo a ter "um papel mais dominante nos seus cuidados de saúde".


A discussão sobre medicamentos pesquisados na Internet com os médicos é prática habitual de 59 por cento dos indivíduos, sendo que, destes, 33 por cento admite que os médicos lhes prescreveram esses mesmos medicamentos.


As pesquisas de saúde na Internet são motivadas por duas razões, nomeadamente, por incitava própria do utilizador ou na sequência de anúncios a que assistiram na televisão (68 por cento).


De acordo com o estudo, são as mulheres que mais consultam os conteúdos médicos online (54 por cento) e as que mais acedem a websites de empresas farmacêuticas (26 por cento).


O estudo foi realizado online e por telefone em Janeiro deste ano, tendo sido entrevistados mil consumidores americanos que tomam medicação regularmente.

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