A Anacom já partilhou os resultados do 141º dia da fase principal do leilão do 5G, que começou já a 14 de janeiro e que já ultrapassou todas as expectativas em termos de duração, mas nem tanto em relação ao encaixe financeiro conseguido.

Foram 12 as rondas de licitações para os 52 lotes que estão a concurso, abrangendo o espectro dos 700 MHz, 900 MHz, 1800 MHz, 2,1 GHz, 2,6 GHz e 3,6 GHz, mas as melhores propostas não ultrapassaram os 2%, mantendo-se o nível que tem sido habitual nas últimas semanas.

Contas feitas a toda a fase principal, que , o encaixe potencial é de 342 milhões de euros, que somados à fase dos novos entrantes, que começou ainda em dezembro de 2020, sobe para 427 milhões de euros.

Leilão do 5G já corre há mais de seis meses e não há fim à vista
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As propostas dos operadores continuaram fixadas na faixa dos 3,6 GHz, mas hoje houve mais lotes a receber licitações, desta vez na gama dos I, que tem três lotes. Ainda assim, todas as propostas foram de aumento de preço de 1 ou 2% face ao valor do dia anterior, a margem mínima que a Anacom já avisou que pode vir a eliminar das regras de concurso se o leilão continuar a prolongar-se.

Portugal já está na cauda da Europa em relação à adoção da tecnologia,  com a larga maioria dos países a terem já feito a atribuição das licenças e avançado com ofertas comerciais de tecnologia 5G.

Os riscos do atraso, em termos económicos e sociais, têm sido apontados pelos operadores, o regulador e o Governo, mas parece não haver forma de desbloquear uma situação que se arrasta há vários meses e que pode empurrar o lançamento dos serviços para 2022.

Nota da Redação: A notícia foi atualizada com mais informação. Foi corrigido um valor de licitações. Última atualização 18h54 de 4/8/2021