O LinkedIn prepara-se para se tornar uma empresa pública, cotada na bolsa, ainda durante este ano, revelou hoje a agência Reuters com base em informações fornecidas por "três fontes com conhecimento do processo".

A intenção não foi, no entanto, confirmada pela empresa, cujo porta-voz admitiu apenas que a entrada em bolsa era apenas uma das muitas estratégias a considerar.

As referidas fontes adiantam mesmo que a rede social profissional terá já seleccionado os responsáveis pela assessoria financeira para o processo, tendo começado a receber propostas de "candidatos" em Novembro.

Empresas como o LinkedIn e a Zynga - uma das mais populares empresas de jogos sociais e criadora do Farmville - ponderam entrar em bolsa antes que o Facebook o faça, para beneficiarem do interesse dos investidores, que pode perder-se se a maior rede social do mundo entrar na corrida, defendem.

"Se o Facebook entrar em bolsa antes do LinkedIn, acha que alguém vai prestar atenção ao LinkedIn?", exclamou uma das fontes citadas.

Embora não fosse de esperar que a empresa de Mark Zuckerberg optasse por esta via antes de 2012, a situação pode mudar depois dos últimos rumores sobre uma potencial investigação do regulador norte-americano.

A Securities and Exchange Commission não confirma se foi ou não iniciada uma investigação, na polémica que ganhou novo fôlego depois do investimento de 500 milhões de dólares anunciado esta semana, mas caso fique provado que o Facebook tem mais de 500 accionistas este será obrigado a tornar-se uma empresa cotada em bolsa e a reportar ao mercado as suas actividades financeiras. Até à data a empresa tem ficado dispensada da obrigação porque a maioria dos detentores das participações são internos companhia.

Caso se confirme que o LinkedIn está pronto a tornar-se uma empresa publicamente cotada, o processo de registo pode ainda demorar "meses", avançam as fontes, que recusaram adiantar o valor da empresa. No mercado "não oficial" online SharesPost, o LinkedIn está avaliado em 2,2 mil milhões de dólares.

Actualmente a companhia conta entre os investidores com nomes como a Sequoia Capital (que apoiou nomes como a Yahoo, Google ou Oracle), a Greylock Partners, Bessemer Ventyure Partners e a Goldman Sachs - que agora investiu 500 milhões no Facebook.