O Linux estabeleceu já uma posição "credível" no segmento de servidores e mantém altos níveis de utilização nos segmentos técnicos, conclui um estudo da IDC para Portugal, divulgado recentemente. O sistema operativo é, porém, ainda considerado elitista, já que são as maiores empresas que revelam uma maior taxa de utilização, enquanto entre os utilizadores individuais é preferido pelas classes mais escolarizadas.



De acordo com o relatório da IDC Portugal, é notório um "desenvolvimento contínuo ao nível da infra-estrutura", com o objectivo de "suportar um maior número de aplicações", isto embora as plataformas abertas se defrontem com uma base instalada maioritariamente Microsoft que se posiciona como entrave ao desenvolvimento.



O estudo refere ainda que, em termos gerais, o Linux se posiciona hoje como a alternativa ao modelo tradicional de aquisição de software, embora com diferentes níveis de desenvolvimento ao nível do servidor e do desktop.



No desktop, o estudo identifica como principais drivers de crescimento o apoio dos governos, sensibilidade ao preço, modelo de licenciamento das plataformas Microsoft e as preocupações com a segurança que estas suscitam, factores que se juntam à percepção de um Custo Total de Aquisição (em inglês TCO) mais baixo no Linux.



Ainda no segmento desktop, o estudo aponta como principais constrangimentos para o crescimento do Linux - além da base instalada Windows - a experiência e preferência do utilizador, questões de direito de autor e normalização.



Entre os números disponíveis verifica-se que no sector financeiro a utilização do Windows no desktop toca os 100 por cento, enquanto o Linux é usado apenas por 20 por cento das empresas. Na Administração Pública, o Windows atinge os mesmos níveis, enquanto o Linux sobe aos 50 por cento. Apenas na indústria as duas tecnologias têm níveis de utilização mais equilibrados.



Ao nível dos servidores, nos principais drivers de crescimento do Linux volta a referir-se a acção governamental, percepção relativamente ao TCO, o descontentamento com as regras de mercado da Microsoft e as preocupações com as questões de segurança das plataformas fechadas. Entre os principais impedimentos contam-se a falta de aplicações compatíveis com Linux, experiência técnica ao nível dos recursos humanos e suporte por parte de fabricantes e ISVs.




Nota da Redacção: [2005-04-18 14:42:00] A notícia foi corrigida no primeiro parágrafo, onde existia uma gralha na referência a servidos em vez de servidores, e acrescentada no penúltimo parágrafo na frase "enquanto o Linux é usado apenas por 20 por cento das empresas", que tinha levantado algumas dúvidas a um leitor.



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