Nos nove meses terminados a 31 de Dezembro, a Vodafone Telecel registou um lucro depois de impostos de 83,9 milhões de euros ou 0,39 euros por acção (cerca de 16,8 milhões de contos ou 78 escudos por acção), num crescimento de 34 por cento face aos resultados apurados no mesmo período de 2000.



Para os resultados líquidos mencionados contribui em grande parte a venda ao Grupo Vizzavi Europe de 80 por cento do portal B2C, durante o terceiro trimestre de 2001, por um valor de 19 milhões de euros, facto que levou António Carrapatoso a afirmar, em conferência de imprensa, que apesar do prejuízo acumulado durante o período em que o negócio foi detido pela Telecel, "a empresa não perdeu dinheiro com a Internet".



A operadora gerou receitas operacionais e receitas de serviços nos primeiros nove meses de 2001 de 771,7 milhões de euros e 721,7 milhões de euros, respectivamente (154,7 milhões de contos ou 144,6 milhões de contos), representativos por sua vez de crescimentos de 15,6 por cento e de 19 por cento relativamente a igual período do ano anterior. Em comunicado oficial, a Vodafone explica que as receitas operacionais compreendem as receitas de serviços - receitas provenientes dos serviços de telecomunicações - e outras receitas que incluem principalmente vendas de equipamentos.



O EBITDA da Vodafone Telecel nos nove meses findos em 31 de Dezembro de 2001 foi de 213,2 milhões de euros (47,7 milhões de contos), um crescimento face ao mesmo período do ano anterior que se cifrou em 13,1 por cento.



A 31 de Dezembro de 2001, a base de clientes registados no serviço celular da Vodafone Telecel ascendia a 2.786.835, em resultado da adição de 308.035 clientes celulares desde 1 de Abril de 2001, mas representativa de uma queda de 40,8 por cento face ao número de novos clientes reunido em período homólogo.



Segundo a Vodafone Telecel, da base total de clientes registados apenas 9 por cento era inactiva, ou seja, clientes que não geraram receita nos três meses anteriores. Os produtos pré-pagos continuaram a representar a grande maioria das activações brutas nos nove meses findos em 31 de Dezembro de 2001 e, nesta data, os clientes celulares de produtos pré-pagos registados representavam aproximadamente 74 por cento da base de clientes do serviço celular da Vodafone Telecel.



A receita média mensal por cliente registado (ARPU) no negócio celular da Vodafone Telecel foi de 29,83 euros no período observado (o equivalente a 5.980 escudos), numa redução de 8,2 por cento em relação ao ano anterior. O ARPU por cliente celular activo foi de 32,48 euros (cerca de 6.510 escudos).



Embora o total de minutos celulares de voz tenha aumentado em 31,1 por cento face a período idêntico, para os 3.324 milhões de minutos - e a utilização média mensal tenha crescido 2,2 por cento, para os 140 minutos de voz por cliente -, a receita média por minuto na Vodafone Telecel baixou em 10 por cento.



Cerca de 40 por cento da base total de clientes celulares da Vodafone Telecel utiliza regularmente o serviço de SMS (Short Message Service), clientes esses que geraram uma média mensal de 67 mensagens escritas nos nove meses findos em 31 de Dezembro de 2001. Compreendendo SMS, acesso móvel à Internet, dados e fax, as receitas de dados móveis representaram cerca de 5 por cento do total relativo aos serviços celulares da Vodafone Telecel nos primeiros nove meses de 2001, mas a operadora acredita que as mesmas venham a representar mais de 20 por cento das receitas totais nos próximos 5 anos.



Segundo dados adiantados hoje em conferência de imprensa, a Vodafone Telecel tem 800 mil clientes com telemóveis equipados com WAP em circulação, dos quais 200 mil utiliza o serviço regularmente.



Referindo-se à terceira geração de redes móveis, ou mais resumidamente UMTS, António Carrapatoso, presidente da direcção da Vodafone Telecel, afirma "estar tudo realmente muito atrasado. Aliás, fomos os primeiros a afirmá-lo". Segundo o responsável da Vodafone Telecel, as tecnologias existentes ainda têm potencialidade para continuar a vingar.



A Vodafone Telecel garante que o lançamento comercial do UMTS será efectuado na data prevista (31 Dezembro de 2002), mas que os verdadeiros desenvolvimentos só ocorrerão durante 2004/2005. "O UMTS tem futuro e faz sentido, mas vai levar algum tempo a impôr-se", afirma António Carrapatoso, adiantando que "as aplicações GPRS ainda têm muito para oferecer (...) até pelo menos 2004".



Segundo previsões do mesmo responsável, no final de 2002, 1 a 2 por cento dos clientes Vodafone Telecel subscreverão serviços de GPRS, aumentando este valor para os 10 por cento em 2003. Por sua vez, António Carrapatoso acredita que no final do ano seguinte, 5 a 10 por cento da sua base de clientes subscreva serviços de terceira geração móvel. Do total do investimento previsto pela operadora móvel portuguesa para o próximo exercício fiscal (entre os 230 e os 270 milhões de euros), o presidente da direcção da operadora portuguesa garantiu que mais de 50 por cento será destinado ao UMTS.



António Carrapatoso defende ainda - e em resposta às soluções recentemente adiantadas por outros operadores nacionais (ver Notícias
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Durante a apresentação de resultados foi ainda mencionado que o serviço de acesso fixo indirecto da Vodafone Telecel reunia, no final de Dezembro de 2001, cerca de 118 mil clientes registados dos quais aproximadamente de 80 por cento são clientes empresariais.



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