A Xiaomi tem razões para sorrir com os seus resultados financeiros referentes a 2023. A fabricante chinesa reportou lucros líquidos bastante acima das expetativas do mercado, resultando num aumento de 126,3%, num total de 2,47 mil milhões de euros. A empresa justifica os bons resultados pela sua agilidade e eficiência nas operações comerciais.
As receitas totais foram de 34,68 mil milhões de euros para o seu ano de 2023, sendo o seu segundo melhor resultado desde que o grupo entrou para a bolsa. A Xiaomi reportou ainda despesas no negócio de veículos elétricos inteligentes (EV) e outras iniciativas em 102,4 milhões de euros.
No quarto trimestre de 2023, a receita total da empresa tinha crescido por dois trimestres consecutivos, somando 9,37 mil milhões de euros, num aumento de 10,9% face ao período homólogo do ano anterior. Os lucros líquidos deste trimestre aumentaram 236,1% para 627,2 milhões de euros.
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A empresa diz que ao longo de 2023 executou a sua estratégia operacional de “dupla ênfase em escala e rentabilidade”, dando também início a uma nova estratégia corporativa em torno do ecossistema inteligente “Humano x automóvel x casa”. Foi ainda destacado a capacidade de resiliência da empresa no crescimento do grupo e eficiência nas operações comerciais. Essa estratégia deu ainda origem ao novo sistema operativo Xiaomi HyperOS, que vai ligar todos os produtos do seu ecossistema.
A próxima etapa da empresa está marcada para o dia 28 de março, data que comemora o lançamento do seu primeiro automóvel, o Xiaomi SU7.
Foi também destacado o crescimento da área de negócio dos smartphones. A empresa enviou globalmente 145,6 milhões de unidades durante 2023, sendo que a sua receita anual atingiu os 20,16 mil milhões de euros. E obteve uma margem de lucro bruto de 14,6%. A fabricante manteve-se entre os três primeiros lugares de envios globais nos últimos três anos consecutivos. No quarto trimestre de 2023, foram distribuídos globalmente 40,5 milhões de unidades, presentando um aumento de 23,9% face ao ano anterior.
O mercado de smartphones premium foi um dos focos da empresa durante 2023, com o preço médio de venda destes equipamentos na China a aumentar 19% face ao ano anterior. A empresa destaca o aumento da sua quota de mercado no segmento de smartphones que custam entre os 512 e 768 euros na China, num total de 16,9% da fatia do mercado, um aumento de 9,2% face ao ano passado.
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Foi também atingido um novo recorde do número de equipamentos conectados, os produtos IoT, registando receitas de 10,24 mil milhões de euros. A margem de lucro bruto foi de 16,3%, um recorde para a empresa. A sua plataforma de IoT registou 739,7 milhões de equipamentos conectados, excluindo smartphones, tablets e portáteis, traduzindo-se num aumento de 25,5% face ao ano anterior. Aumentou também o número de utilizadores com cinco ou mais equipamentos ligados à sua plataforma, ou seja, 14,5 milhões, num aumento de 25,3%. E o número médio de utilizadores da sua aplicação Mi Home cresceu para 85,8 milhões até ao final de 2023.
A nível de serviços de internet, a Xiaomi destaca igualmente os recordes de receitas e margens de lucro bruto. As receitas atingiram 3,84 mil milhões de euros e a margem de lucro chegou aos 74,2%. Nas suas parcerias globais, adotando uma abordagem aberta, a receita dos serviços de internet no exterior aumentou 24,1% face ao ano anterior, para 1,07 mil milhões de euros. Este registo foi um recorde para a empresa e representou 28% das receitas totais de serviços de internet do Grupo.
Projetando os objetivos até 2030, a empresa procura investimentos mais sustentáveis em tecnologias de base fundamentais, tendo o objetivo de liderança. Em 2023, as despesas de investigação e desenvolvimento da empresa foram de 2,44 mil milhões de euros, um aumento de 19,2% face ao ano anterior. A empresa tinha 17.800 colaboradores nesta área até ao final de 2023, representando 53% dos seus funcionários totais.
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