Portugal perdeu cerca de 159,5 milhões de euros com a pirataria de software durante o ano passado, de acordo com as estimativas por regiões incluídas no 8º Estudo Business Software Alliance Global Software Piracy e hoje divulgadas pela associação portuguesa que representa as empresas do sector.

O valor representa um decréscimo face às perdas de 174 milhões de euros reportadas em 2009, mas continua a ficar acima da média mundial no que respeita à taxa de pirataria, segundo as contas da Associação Portuguesa de Software.

De acordo com a ASSOFT, 52 por cento dos programas informáticos utilizados em Portugal durante o ano que passou eram pirateados, um valor 10 pontos percentuais acima da taxa média mundial - que desceu para os 42 por cento em 2010.

Como o TeK tinha avançado, também o valor global para as perdas associadas à distribuição de software ilegal registou uma descida, ficando-se pelos 59 mil milhões de dólares, cerca de 41 mil milhões de euros.

A tendência para o decréscimo da utilização de programas ilegais em computadores pessoais de marcas institucionais está patente na constatação de que esta diminuiu em 51 países e apenas cresceu em 15, no total de 116 economias analisadas.

Em Portugal, embora o estudo da BSA aponte um valor idêntico ao de 2009 para a pirataria entre os que usam PCs de marcas institucionais (40%), a ASSOFT estima que, somada ao software pirata associado aos produtos informáticos de linha branca (assemblados localmente), aos leilões e downloads da internet (12%), esta suba para os 52 por cento.

De acordo com a associação, para além das perdas que o valor representa para empresas, também o Estado "viu aumentar os efeitos da fuga aos impostos decorrentes da utilização de software pirata, tendo sofrido perdas de 36,7 milhões de Euros só em sede de IVA".