O CEO e fundador do Facebook garantiu durante a TechCrunch Disrupt, uma conferência de tecnologia, que produzir um telefone com a marca Facebook não faz sentido para a empresa. A estratégia mobile é cada vez mais relevante mas as opções passam por desenvolver um sistema integrado.

Depois da chegada ao mercado, em Junho do ano passado, do HTC ChaChaCha, vulgarmente conhecido como "telefone Facebook", intensificaram-se os rumores acerca do possível lançamento de um smartphone totalmente desenvolvido pelo Facebook, que criaria assim uma plataforma inovadora, direcionada acima de tudo para a interação dentro da rede social.

Na conferência realizada ontem em São Francisco, Califórnia, Mark Zuckerberg contrariou esses rumores, mas admitiu que o Facebook se assume cada vez mais como "empresa mobile" embora um telemóvel de marca própria tivesse uma possibilidade reduzida de conseguir uma fatia importante do mercado, atraindo pouco mais de 10 ou 20 milhões de compradores, o que não faria a diferença quando comparado com os 955 milhões de utilizadores com conta no Facebook.

"Digamos que construímos um telemóvel [..] não vamos fazê-lo, mas se o fizéssemos, poderíamos conseguir 10 a 20 milhões de utilizadores… Não seria relevante para nós", afirmou na conferência, citado pelo site Mashable.

A estratégia do Facebook é diferente da assumida por empresas como a Apple e a Nokia, que desenvolvem o seu próprio hardware. Para Mark Zuckerberg o Facebook deve apostar na construção de um sistema que possa integrar os dispositivos utilizados pela maior parte das pessoas.

Mark Zuckerberg comentou ainda que a aposta da empresa no HTML 5 foi um erro de julgamento, sobretudo em oposição ao desenvolvimento de uma aplicação nativa para as plataformas móveis, até porque a tecnologia ainda não estava pronta. O que não significa porém que o Facebook pretenda abandonar definitivamente o HTML 5.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico