Miguel Sousa tem 28 anos e, depois de ter percebido que havia uma grande procura pelos iPhone usados que comprava em Vigo e vendia em sites online, decidiu criar a empresa Gadget Delírio, abrindo a loja física Gadget Mobile, em Braga.

Depois de analisar o mercado e as suas necessidades, o diretor geral da empresa entendeu que ainda podia ir mais longe, visto que 80% dos smartphones que arranjava para revenda acabavam por ser vendidos em marketplaces como a Amazon e o Ebay.

tek gadget

“Uma vez que temos uma vasta experiência no ramo e conhecemos a maior parte dos vendedores europeus, e atendendo ao facto de que em Portugal não existe uma oferta semelhante, achámos que seria interessante e estratégico avançarmos com esta ideia de criarmos o nosso marketplace”, explica o empreendedor em entrevista ao SAPO TEK.

E, é por se sentir como um “peixe na água” no sector dos smartphones que o diretor geral da empresa tem bastante confiança no projeto que nasce no próximo dia 10 de março, e cuja principal função é a de simplificar a vida dos portugueses na hora de investir num novo smartphone.

Mas, o que poderá levar o consumidor a preferir a Gadget Delírio em detrimento de outras plataformas? Para Miguel Sousa é a segurança na compra online e a garantia de que no marketplace português não haverá margem para burlas, um dos grandes receios do consumidor nacional.

"Vamos trabalhar com vendedores de referência a nível europeu, conceituados no ramo e 100% verificados”, explica o empreendedor. Além desta segurança, a empresa também assumirá as responsabilidades perante qualquer eventual problema que possa surgir, como, por exemplo, a “devolução da totalidade do valor pago, caso o artigo comercializado não seja entregue dentro dos prazos afixados ou seja diferente do encomendado”, esclarece.

Para já, o marketplace irá funcionar apenas para comerciantes que terão que ter, no mínimo, um ano de experiência no ramo dos smartphones e têm que mostrar capacidade de oferecer produtos a preços competitivos e atraentes. Além disso, os clientes terão a possibilidade de avaliar os vendedores o que, na opinião de Miguel Sousa irá permitir manter o grau de excelência e perceber se existem algumas experiências menos positivas. “Será também uma avaliação importante para o consumidor uma vez que saberá qual o melhor vendedor na hora da compra”, remata.

Os clientes poderão escolher entre telemóveis novos e usados e, em relação a estes últimos, existirão diferentes graus de usado com especificações distintas. O pagamento vai poder ser feito por Paypal, transferência bancária e multibanco, mas só chegará ao vendedor depois da empresa assegurar que o produto foi entregue “em excelentes condições”.  Após fazer o pagamento, o artigo será entregue no máximo até 48 horas.

Focados, para já, no mercado nacional o projeto tem expectativas elevadas, prevendo vender entre 1.500 a 2.000 smartphones por mês, um valor que se traduz entre 50 a 67 encomendas por dia. Todos a preços mais acessíveis do que nas lojas físicas.

No entanto, a hipótese de começar a vender para outros países europeus não está excluída, assim como a extensão do projeto a outros equipamentos. “Para já, a gadgetdelirio.com está apenas focada nos smartphones. Ainda assim pretendemos, no futuro, alargar o leque de produtos a vários tipos de gadgets, como câmaras fotográficas, portáteis e acessórios”, revela Miguel Sousa.