Com uma média de 17 burlas por dia do MB Way, entre o ano passado e até maio de 2020, estimam-se prejuízos na casa dos 4 milhões de euros. Diversos burlões foram apanhando as vítimas desprevenidas, num total de 2.560 denúncias que deram entrada na GNR e PSP durante este período.

A SIBS afirmou na altura que investiu em sistemas adicionais de segurança e testado soluções para mitigar novas ocorrências ou minimizar o impacto das situações ocorridas. Algumas delas passam por impedir a utilização de algumas funcionalidades em caixas Multibanco do serviço MB Way. Essas medidas parecem ter tido uma eficácia de 100%, segundo o último relatório do Portal da Queixa, que refere que durante os meses de julho e agosto não foram registadas nenhumas queixas relacionadas com burlas de MB Way.

tek mb way
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“Na análise da equipa do Portal da Queixa, o facto de não haver casos registados, relaciona-se com as medidas de alerta e de prevenção para burlas reforçadas pela marca”, refere em comunicado, salientado a redução de 100% de reclamações relativas ao sistema de pagamentos. Relativamente ao número de queixas, o mês de abril atingiu o pico, com 41 reclamações, mas foi diminuindo para menos de metade nos dois meses seguintes, com maio a registar 17 casos e junho 14.

O Portal da Queixa afirma que a MB Way foi eleita pelos consumidores como a “Marca do Mês”, pelo quarto período consecutivo. A ferramenta de transferências tem um índice de satisfação de 96,5%, uma taxa de solução de 97,3% e uma taxa de resposta de 99,8%.

A própria PSP terá afirmado, segundo a empresa, que a app da MB Way “é bastante segura”, e com mecanismos que permitem facilmente detetar a fraude.

Pedro Lourenço, CEO do Portal da Queixa, revela que, com o objetivo de potenciar a informação e o conhecimento dos consumidores sobre burlas e outras práticas fraudulentas, “para além da partilha social de experiências que servem sempre de exemplo, estamos a desenvolver um projeto na área da literacia digital que visa minimizar também estes casos. Alguns conteúdos informativos e, também, sobre os direitos do consumidor já têm sido veiculados nos nossos suportes de comunicação. Informação é poder e é isso que queremos dar aos consumidores portugueses: conhecimento e confiança.”