O mercado português de fotografia facturou 77 milhões de euros nos primeiros oito meses deste ano face a 2007, o significa que teve perdas na ordem dos 14 milhões de euros.

Os números são avançados pela GfK que aponta a venda de câmaras digitais fotográficas como o principal vector de facturação (78 por cento) naquele período, altura em que representou 60 milhões de euros do total arrecadado.

Neste segmento, as máquinas fotográficas digitais obtiveram vendas de 47,3 milhões de euros em equipamentos compactos e de 12,6 milhões nas câmaras Single Lens Reflex - SLR.

Segundo o balanço, os resultados deste ano nas duas vertentes reflectem crescimentos a nível de equipamentos vendidos mas de descida no que se refere à facturação. Em causa está a descida dos preços dos equipamentos - 17 por cento nas máquinas compactas e de 30 por cento nas SLR.

Segundo a GfK, a quebra da facturação neste segmento foi sentida por toda a Europa, excepto no segmento das SLR, que teve um aumento de 22 por cento, apesar de se ter verificado uma queda de 4 por cento no preço.

A tendência dos últimos três anos tem sido essa: a facturação das câmaras fotográficas digitais SLR tem vindo a aumentar e a das câmaras fotográficas digitais compactas tem diminuído.

A mesma análise aponta os pixels de resolução das máquinas como factor decisivo na escolha dos equipamentos por parte dos europeus e frisa que os modelos compactos com oito a nove megapixels de resolução de imagem e os modelos SLR com 10 a 12 megapixels são os que geram maior facturação.

A este mercado associa-se o de cartões de memória que, actualmente, representa em Portugal 22 por cento da facturação total do sector de fotografia, o que totaliza 17 milhões de euros.