2022 foi um ano marcado pela desaceleração do consumo tecnológico, mas os especialistas da GfK anteveem um cenário de recuperação e estabilização deste mercado em 2023.

Os especialistas detalham que, depois de 2021, onde foram registados resultados recorde em matéria de vendas de Tecnologias e Bens de Consumo Duráveis (TCG), 2022 ficou marcado pelos efeitos de saturação do mercado, assim como pela inflação e conjunturas político-económicas, como a guerra na Ucrânia e o impacto da estratégia de COVID-zero, que vigorou até dezembro do ano passado na China.

Segundo a GfK, a aposta contínua das marcas no desempenho dos produtos e a importância dada pelos consumidores ao custo-benefício na hora de fazer novas compras tecnológicas, são as principais razões que podem dar início a um processo de recuperação e estabilização do mercado em 2023.

Entre as outras razões apontadas destacam-se a necessidade de trocar de equipamentos adquiridos no início da pandemia, sobretudo smartphones, além do crescimento dos mercados dos países asiáticos emergentes e do Médio Oriente.

Os dados partilhados pela consultora realçam também alterações nas prioridades dos consumidores durante o terceiro trimestre do ano passado, em grande parte devido à inflação nos preços. De acordo com os especialistas, há mais consumidores a fazer compras de produtos e bens de consumo tecnológicos porque necessitam de substituir aqueles que têm em casa.

Por outro lado, menos 1,4% dos consumidores optam por atualizar produtos ainda funcionais. Os consumidores estão também à procura de produtos mais baratos, tanto no segmento básico como no premium. 

Olhando para o volume de negócios por mercados mundiais, entre outubro de 2022 e 2021, os resultados de vendas de Tecnologias e Bens de Consumo Duráveis registaram diminuições de 13% nos países asiáticos desenvolvidos, de 12% na Europa Ocidental e de 7% na Europa de Leste e na América Latina. 

Já os mercados asiáticos emergentes e do Médio Oriente e África foram os únicos a registarem crescimentos, de 13% e 0,1%, respetivamente. No entanto, apesar dos resultados mais positivos, a GfK detalha que o crescimento não compensa o o desenvolvimento negativo noutros mercados. 

Nota de redação: A notícia foi atualizada com mais informação. (Última atualização: 11h46)