A IDC estima que ao longo deste ano sejam investidos cerca de 700 milhões de euros em tecnologias de informação no sector financeiro em Portugal. A conclusão resulta da análise "Sector Financeiro: Sondagens e Previsões 2005 - 2010", que, tal como o nome indica tem em consideração o comportamento do mercado em cinco anos.




Neste sentido, a consultora prevê que no período em análise os sectores da banca, seguros e outras instituições financeiras, cresçam anualmente, em média, 6,9 por cento até ao final da década, o que coloca o investimento médio em TI em cerca de 850 milhões de euros.




Gabriel Coimbra, Research & Consulting Manager da IDC Portugal admite que os crescimentos esperados poderão estar relacionados com uma série de factores dinamizadores, nomeadamente "as directivas da União Europeia, com destaque para o Financial Services Action Plan" e para a "procura de melhores infra-estruturas", que potenciará o mercado de hardware e causará impacto junto dos mercados de software e serviços.




Tendo em conta os resultados do ano passado, a banca foi líder em investimentos, com 600 milhões de euros aplicados em TI, sendo que, mais de 40 por cento foram destinados à aquisição de hardware, 40 por cento a serviços de TI e 20 por cento em software.




A IDC refere que, por segmentos, foi também a banca a que se destacou em 2006, já que foi responsável por 70 por cento dos investimentos em TI realizados junto do sector financeiro. Esta tendência, no entender da consultora, deverá manter-se nos cinco anos do período em análise. Por sua vez, as estimativas indicam que as seguradoras deverão ser responsáveis por 15 por cento do total de investimentos.




O mesmo relatório avança ainda que os investimentos nas TI serão efectuados com o objectivo de dinamizar o desempenho das instituições e do lucro, a gestão de risco e a implementação de soluções contra a fraude.




Dados estes motivos, a IDC acredita que o mercado de hardware deverá registar um crescimento médio anual superior ao que será observado junto dos segmentos de software e de serviços.




Os números da consultora indicam que foram investidos 260 milhões de euros em hardware no ano passado, um valor que deverá ultrapassar os 360 milhões de euros em 2010, o que corresponde a um aumento anual na ordem dos 8,5 por cento. Por seu turno, o software deverá registar um crescimento médio de 6,6 por cento, fixando-se nos 160 milhões de euros no final da década. Os serviços deverão ser responsáveis por investimentos de 320 milhões de euros em 2010 obtendo por isso um crescimento anual de 5,3 por cento.



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