O mercado tecnológico português caiu 9,7 por cento durante o primeiro trimestre deste ano, e acordo com o índice Temax, da GfK, que aponta quebras em todas as categorias de produtos analisadas.

Segundo a consultora, a facturação global situava-se nos 609 milhões de euros, no final dos primeiros três meses de 2011, menos 65 milhões que no período homólogo.

Smartphones, LCDs e auscultadores são os poucos artigos que fogem à tendência negativa, sentida principalmente na área do equipamento de escritório e consumíveis, onde o volume de vendas baixou 20,2 por cento.

Entre as tecnologias de informação e telecomunicações as quebras situaram-se na casa dos 11 por cento - 11% e 11,4%, para receitas no valor de 139 milhões de euros e 74 milhões de euros, respectivamente.

"Os computadores portáteis que representam mais de dois terços do sector [das TI] estão em queda e os computadores fixos, os monitores, os teclados, os ratos, as webcams, os discos rígidos, os modems, bem como os acessórios de consolas registaram variações negativas de dois dígitos", afirma a GfK num comunicado à imprensa.

No sector das telecomunicações, os smartphones - que representam mais de 40 por cento mercado - constituem uma excepção à tendência de decréscimo, mas as vendas telefones fixos continuam a cair.

A electrónica de consumo registou uma quebra de 3,6 por cento nas vendas face a um ano antes. Mesmo com os LCD, que representam mais de dois terços deste mercado, e os auscultadores a "puxarem" os números para cima, as vendas não foram além dos 142 milhões de euros.

Também o segmento dos pequenos e grandes electrodomésticos registaram quebras, de 7 por cento e 11,6 por cento, respectivamente, para receitas de 62 milhões e 134 milhões de euros. O mercado de fotografia apresentou uma facturação de 20 milhões de euros, o que representa uma quebra de 4,6 por cento - principalmente acentuada entre as molduras digitais, onde se registaram quebras de dois dígitos.