Microsoft e Red Hat preparam parceria para interoperabilidade de software

19 fev 2007 14:59

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À semelhança do que já aconteceu com a Novell no ano passado, a Microsoft diz que está a trabalhar numa parceria com a Red Hat para garantir a interoperabilidade do seu software com as aplicações do distribuidor de Linux.

A Microsoft e a Red Hat estão em negociações para a realização de uma parceria. O objectivo é melhorar a interoperabilidade entre o software proprietário da empresa de Bill Gates e esta versão de Linux, como aliás já foi feito com outros distribuidores.

"Temos mantido discussões com a Red Hat desde há muito tempo", reconheceu Tom Robertson, director geral da Microsoft para as áreas da interoperabilidade e standards, em entrevista ao site VnuNet.

Já no ano passado a Microsoft assinou com a Novell um acordo que envolve compromissos ao nível do marketing, do licenciamento cruzado de propriedade intelectual e da interoperabilidade das aplicações Novell com o Windows. O acordo é agora tido como um modelo para uma potencial nova parceria, desta vez com a Red Hat.

Contactado pelo site Mark Webbink, conselheiro jurídico da Red Hat, adiantou que a empresa está neste momento "envolvida a nível técnico num conjunto de projectos de interoperabilidade e standards com a Microsoft". Ouvido em Novembro do ano passado pela Bloomberg, o mesmo responsável afastava de hipótese de realização de um acordo idêntico ao da Novell entre a Microsoft e a Red Hat.

Mark Webbink sublinha que a Microsoft está empenhada em melhorar a interoperabilidade entre o seu software e outro tipo de aplicações, também utilizadas pelos seus clientes. A Sun Microsystems é outro distribuidor de software Linux com quem a Microsoft tem um acordo, este mais antigo, assinado em 2004.

Quando foi assinado o acordo estabelecido entre a Microsoft e a Novell levantou polémica junto da comunidade open source que alegava a violação dos termos da licença GPL na aliena em que a Novell se comprometia a pagar determinado valor à Microsoft para evitar processos legais, protestos que não travaram a iniciativa.