A integração da divisão de serviços e dispositivos da Nokia na Microsoft ficou concluída a 25 de abril. Mas o negócio de 5,4 mil milhões de euros fica desde logo esmorecido pelos resultados do primeiro trimestre do ano que a Nokia teve: uma quebra de 30% nas receitas provenientes dos telemóveis e smartphones.



Certamente não seriam os números que a Microsoft queria ver, mas são os números da dura realidade que a agora sua divisão de dispositivos móveis atravessa. Nem mesmo na área dos equipamentos de baixo custo a Nokia parece ter conseguido a resposta que esperava do mercado. Em números as perdas foram de 326 milhões de euros só nos telemóveis.



“Indústria competitiva”, “competição intensa em preços mais baixos” e “competição intensa em dispositivos de baixa gama” são algumas das razões que a Nokia aponta para a queda de 30% registada na área de Serviços e Dispositivos. A tecnológica fala ainda num “momento forte” vivido pelos principais concorrentes.



Também o indicador preço médio por dispositivo rendeu menos dinheiro à Nokia do que tinha rendido em 2013, como a empresa afirma na nota com os resultados financeiros. Os resultados relativos à área de Serviços e Dispositivos vendida à Microsoft estão incorporados no parâmetro Operações Descontinuadas.



Nos resultados gerais as receitas da Nokia baixaram 15% para os 2,66 mil milhões de euros, resultando em lucros de 242 milhões de euros, um resultado melhor do que os 30 milhões de prejuízos registados há um ano atrás.



O que “resta” da Nokia vai agora ser liderado por Rajeev Suri, empresário escolhido para ser CEO da tecnológica finlandesa. O foco da tecnológica vai manter-se ao nível da estruturas de rede, ao nível da tecnologia de mapeamento HERE e ao nível da investigação de tecnologias emergentes para licenciamento.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico