A resposta ontem entregue pela Microsoft à Comissão Europeia volta a salientar a necessidade de receber maior orientação para definir o “preço justo” a praticar junto dos concorrentes no acesso a informação de interoperabilidade com servidores Windows.

A resposta da empresa de Redmond adianta-se em relação ao prazo definido pelo executivo europeu que queria maior informação sobre as taxas impostas pela Microsoft e tinha ameaçado impor uma multa diária de 4 milhões de euros.

O executivo europeu já comunicou ter recebido a resposta da gigante de TI e que irá agora considerar se são necessários remédios adicionais no âmbito deste caso que se arrasta há anos e que pretende facilitar o acesso das empresas de software a informação sobre os servidores Windows de forma a garantir melhor funcionamento das aplicações e interoperabilidade.

Apesar da Microsoft ter já disponibilizado esse acesso, o preço definido para o mesmo foi considerado demasiado elevado, o que justifica o pedido de “orientação” que a Microsoft agora faz ao executivo para a definição do “preço justo”.

O pedido de esclarecimento a que a Microsoft agora responde foi tornado público a 1 de Março deste ano e exigia a disponibilização de informação completa "em termos razoáveis e não discriminatórios" para permitir a interacção entre o seu software de servidor e os produtos dos concorrentes.

A Comissão afirmou na altura que esta é a primeira vez em 50 anos que uma empresa não cumpre uma decisão regulatória na Europa, relativamente às leis da concorrência, estando prevista uma multa diária por cada dia de atraso de 4 milhões de euros.

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