Um estudo recente elaborado pela Computerworld revela que a procura de soluções de armazenamento tem-se revelado como uma das prioridades das empresas que actuam no território nacional, à semelhança do que acontece na maior parte dos países desenvolvidos, tendo até registado taxas de crescimento bastante razoáveis.

Neste documento, baseado num inquérito realizado pela publicação junto dos directores de sistemas de informação das mil maiores empresas portuguesas, cerca de 50 por cento das organizações referiram que os seus investimentos em soluções de armazenamento aumentaram em 2002, ao passo que apenas 17 por cento reportou uma queda dos seus gastos nessa área. Ao mesmo tempo, 27 por cento das companhias manteve os seus investimentos nesta área.

Uma estimativa apontada no relatório é de que a recessão actual da economia não irá afectar os investimentos em data storage das organizações empresariais nacionais. Isto porque mais de 50 por cento das companhias inquiridas referiram que as suas despesas nesta área deverão crescer ao longo deste ano e apenas 10 apontam para uma diminuição dos seus investimentos em soluções de armazenamento durante 2003, ao passo que as restantes (27%) prevêem que as suas despesas com este tipo de produtos vão manter-se idênticas.

Contrabalançando este cenário está o facto de se revelar que o montante investido pelas companhias nacionais em data storage é ainda reduzido:mais de 70 por cento das empresas inquiridas investiram menos de 250 mil euros em soluções de armazenamento (incluindo produtos e serviços), ao passo que apenas oito por cento referem que as despesas nesta área se situam entre os 250 e os 500 mil euros, 17 por cento afirmam ter investido entre 500 mil e 2,5 mil milhões de euros. Assim, somente 2,5 por cento das firmas alocam mais de 2,5 milhões de euros para soluções de armazenamento.

Outro dado interessante que este documento revela é que embora o número de aplicações no interior das organizações se tenha multiplicado e o espaço necessário para armazenar os dados criados por estas aplicações tenha crescido, o espaço ocupado pelos dados nas empresas ainda é um pouco reduzido. De acordo com o estudo da Computerworld, cerca de 56 por cento das companhias afirmam possuir sistemas de armazenamento com capacidade inferior a 500 GB, ao passo que mais de 16 por cento declaram deter sistemas de data storage com capacidade para um a cinco Terabytes (TB). Entre os cinco e os dez TB, encontram-se apenas cinco por cento das empresas, ao passo que seis por cento possuem soluções com capacidade entre os dez e os 50 TB, sendo que apenas três por cento possuem sistemas superiores a 50 TB de informação.

Tendo em conta que a existência de recursos humanos dedicados a estas actividades, outro dos indicadores do grau de maturidade destas tecnologias no interior das organizações empresariais nacionais, o estudo revela que mais de 53 por cento das organizações inquiridas criaram uma direcção responsável por esta área. Por outro lado, devido ao crescimento da importância do armazenamento para a actividade de negócio, o número de recursos humanos envolvidos nesta área tem vindo a crescer no interior dos departamentos de sistemas de informação.

De acordo com os dados do estudo do Computerworld, apenas oito por cento das empresas inquiridas não possuem recursos humanos consagrados a estas actividades. Por outro lado, mais de 60 por cento possui um ou dois recursos humanos ligados ao armazenamento de dados, cerca de 23 por cento das empresas inquiridas tem dois a cinco recursos humanos e oito por cento das empresas consagra mais de cinco recursos humanos a esta actividade.

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