O Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação realizou a sua primeira transacção electrónica, em sistema de leilão, no passado dia 28 de Dezembro para comprar 35.700 resmas de papel A4, destinadas a sete organismos do ministério. As licitações obedeceram a intervalos mínimos de decréscimo de preço, nunca inferiores a dois cêntimos e os resultados do leilão permitiram uma baixa de preços de 87 cêntimos por resma de papel, para um valor final de 1,83 euros (sem IVA). Em termos globais, as poupanças para o ministério ascenderam a quase 46 por cento, face ao valor inicial da negociação definido em catálogo, o que se traduz em 29.988 euros.



O teste insere-se na experiência piloto que envolve sete ministérios e a Presidência do Conselho de Ministros, os primeiros organismos a aderirem ao Programa de compras electrónicas do Governo e que passará a assumir papel central nas relações comerciais entre Estado e fornecedores, através de um sistema de leilão.



No caso do MOPTH, a transacção foi assegurada pelos emarketplaces responsáveis pelo desenvolvimento da plataforma piloto do Ministério, a TradeCom e o Forum B2B e obedeceu ao método de "negociação inglesa invertida". O Ministério avançou com o primeiro valor que será a base da negociação (65.331 euros por lote ou 2,67 euros por resma) e os sete fornecedores admitidos à negociação responderam com solicitações de valor inferior até que fosse encontrado o melhor preço.



Ministério da Justiça com resultados mais modestos
O Ministério da Justiça realizou já também a primeira experiência de transacção electrónica, mais uma vez para a aquisição de papel. O método utilizado pelo Ministério foi o de ajuste directo, detalha um relatório daquele organismo a que o TeK teve acesso.



Os resultados do leilão de tipo holandês - em que o comprador inicia o leilão com um preço mais baixo que o valor médio do produto - permitiram a aquisição de cada resma de papel por 1,98 euros, face a um valor médio de 2,33 euros (e um valor inicial de 1,73 euros), resultando em poupanças de 17,6 por cento. Tanto o valor inicial como o valor final obtido representam um desconto face ao valor médio pelo qual o Ministério adquiria o mesmo produto (2,36 euros) recorrendo às vias tradicionais.



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