A Motorola vai alienar a sua posição de 19% na Symbian, empresa que tem vindo a desenvolver a plataforma de software para smartphones, o sistema operativo Symbian OS. A posição detida pela filial inglesa da fabricante norte-americana passará a ser detidas pela Nokia e pela Psion que aumentam as suas posições de 19 para 32 por cento e de 25,3 para 31,1 por cento, respectivamente.



A decisão da Motorola foi apresentada no dia seguinte à expiração do acordo entre as cinco empresas do consórcio que previa a não alienação de posições durante os primeiros cinco anos de vida da participada.



A operação "não representa o cancelamento da licença da Motorola relativamente àquele sistema operativo", adianta um comunicado da Nokia. O fabricante continuará a utilizar o sistema operativo nos seus terminais de terceira geração e a disponibilizar aplicações suportados pelo OS Symbian "sempre que haja necessidade disso para dar resposta a necessidades especificas dos nossos clientes e dos seus negócios", garante Scott Durchslag, vice-presidente da divisão de comunicações pessoais da Motorola.



Segundo o mesmo responsável "o enfoque principal da empresa em termos de software para o mass market continua a centrar-se no Java, também suportado pelo Symbian OS.



As declarações do responsável são comprovadas pelo lançamento anunciado ontem de um terminal de terceira geração, em parceria com a britânica 3. O aparelho baseia-se na versão 7.0 do Symbian OS e incorpora a mais recente pen-based user interface, combinando as funções de voz com um leitor de MP3, câmara de vídeo e consola de jogos.



A Symbian foi fundado pela Nokia, juntamente com outros fabricantes em 1998 e é hoje detida pela Ericsson (com 17,5 por cento do capital), Panasonic ( com 7,9 por cento), Samsung (com 5 por cento), Siemens (com 4,8 por cento) e Sony Ericsson ( com 1,5 por cento), que se juntam a Nokia e Psion.



A troca de acções terá ainda de ser aprovada pelo regulador alemão e pelos restantes accionistas do consórcio. A Symbian está avaliada em 427 milhões de euros, pelo que a Psion pagará perto de 25 milhões de euros pelas acções disponibilizadas pela Motorola, avança a empresa em comunicado. A Nokia não revelou o valor da transacção que será bastante acima do suportado pela Psion, tendo em conta que irá adquirir um volume superior de acções.



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