Nokia pode vender unidade de smartphones à Microsoft

15 dez 2011 09:27

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A convicção é de um banco dinamarquês que num relatório aconselha os investidores a comprarem ações da Nokia, defendendo a probabilidade de, no início do ano, a fabricante finlandesa vender a unidade de smartphones à Microsoft.

Um relatório do banco dinamarquês Danske volta a trazer para a atualidade noticiosa a discussão em torno de uma possível venda pela Nokia da sua unidade de smartphones à Microsoft. O documento, divulgado pela Bloomberg, prevê que no início de 2012 a Nokia possa optar por passar o negócio dos telefones inteligentes para a Microsoft, com quem aliás já mantém uma parceria para esta área.

Um porta-voz da Nokia negou entretanto as informações, que voltam a apontar a hipótese de a fabricante finlandesa passar para a Microsoft a totalidade do negócio de smartphones, garantindo que não há qualquer intenção da empresa em ampliar o acordo com a Microsoft.

Os analistas do Danske Bank sustentam que uma operação deste tipo faria sentido, uma vez que já há um acordo entre as empresas para a utilização do Windows Phone nos telemóveis inteligentes da Nokia. Face a esta expectativa recomendam aos investidores que comprem ações da Nokia, que com essa possibilidade sustentam um elevado potencial de valorização.

Os especialistas da instituição apontam como data provável para o anúncio de um acordo que estenda os termos da parceria o início do ano, ainda de antes se assinalar um ano do primeiro acordo anunciado pelas empresas, o que aconteceu em fevereiro de 2011.

A parceria que atualmente junta a Nokia e a Microsoft levou a gigante finlandesa a alterar radicalmente a sua estratégia para o segmento dos telemóveis inteligentes, abandonando a plataforma Symbian e a MeeGo - que nasceu de uma parceria com a Intel - em troca do Windows Phone.

Os primeiros equipamentos Nokia com Windows Phone foram apresentados recentemente e já podem fazer parte da lista de compras deste Natal em alguns países (não é o caso de Portugal).
O acordo que juntou as duas empresas tem sido visto com reticências pelo mercado, que revela dúvidas relativamente à capacidade da estratégia das duas empresas para responder à forte concorrência de fabricantes como a Samsung ou a Apple, no segmento em questão.