A Nokia vai deixar o mercado japonês. Em tempo de crise a empresa está a reorientar estratégias e considera que não vale a pena continuar a dirigir esforços ao mercado nipónico, onde a sua quota de vendas não chega a um por cento. A excepção é a gama de luxo Vertu, que a empresa mantém desde 1998 e que irá manter presença no país asiático.
Timo Ihamuotila, vice-presidente da fabricante explica que "no corrente clima económico global concluímos que a continuação dos nossos investimentos no Japão com a localização específica de produtos já não é sustentável".

Segundo a mesma fonte o investimento da Nokia no Japão passa a partir de agora a concentrar-se na investigação e desenvolvimento para o mercado global e em projectos específicos, como a marca Vertu.
Tal como a generalidade dos fabricantes com sucesso no ocidente, excepção para a Sony Ericsson, o mercado japonês sendo altamente desenvolvido ao nível do móvel não é um bom local para fazer negócio.

Os principais operadores móveis inundam o mercado com modelos onde colocam a sua marca, ou assinados por fabricantes para quem aquele mercado é o seu foco principal, dificultando a vida à concorrência. O facto de 85 por cento da população já ter telemóvel também não ajuda.

A DoCoMo comercializa equipamentos da Nokia, assim como o Softbank mas a representatividade da fabricante neste mercado, com uma tecnologia 3G diferente e uma larga utilização de um conjunto de serviços multimédia avançados mantinha-se, mesmo assim, reduzida.

Notícias da imprensa japonesa esta semana davam conta de que a Nokia estaria a preparar-se para avançar com um operador móvel virtual no Japão. O serviço móvel usaria a rede da DoCoMo e iria focar-se na gama alta do mercado. A informação continua sem confirmação da Nokia.