A Nokia Siemens Networks anunciou hoje que vai vender a unidade de redes óticas. O negócio vai passar para a Marlin Equity Partners que criará uma nova empresa, integrando os trabalhadores alocados a esta área. De acordo com a informação disponibilizada pela NSN em comunicado, os países mais afetados com o negócio serão Portugal, a Alemanha e a China.



O TeK contactou a NSN em Portugal para obter mais esclarecimentos, mas para já a divisão local não tem detalhes relativamente à forma como a transição se irá processar em Portugal, nem relativamente ao número de pessoas enolvidas. Na operação portuguesa da NSN trabalham cerca de 2.000 pessoas em diversas áreas, sendo que as redes óticas não representam a maior fatia da operação, fortemente focada nos serviços. A nível global na NSN, na área específica das redes óticas, trabalham 1.900 colaboradores que serão afetados pela venda, de acordo com a informação divulgada pela empresa.



Ainda segundo o comunicado oficial da Nokia Siemens, a venda do negócio de redes óticas tem como objetivo permitir à empresa focar-se na sua atividade core que está centrada nas redes móveis e na banda larga móvel.



A venda surge no âmbito do plano de reestruturação da empresa, mas não foram revelados detalhes sobre o impacto nesse objetivo, ou os valores envolvidos no negócio. Sabe-se apenas que a operação deverá estar concluída até final do primeiro trimestre do próximo ano e que, globalmente, o plano de reestruturação prevê poupanças de 1.000 milhões de euros.



Recorde-se que a Nokia Siemens Networks mantém uma presença forte em Portugal, onde estão alojados centros internacionais de serviços da multinacional. Ainda na primeira metade deste ano foi anunciado um investimento de 90 milhões de euros no país ,com perspetivas de criação de 1.500 postos de trabalho a dois anos.



O Global Delivery Center (GDC) será um dos principais centros de serviços da empresa na Europa, anunciava na altura o português João Picoito, responsável da empresa para a Europa do Sul, Leste e Central.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Cristina A. Ferreira