Devido às sanções impostas pelos Estados Unidos à Huawei, a fabricante chinesa tem vindo a adotar algumas medidas de emergência para garantir a sua sobrevivência. Esta semana correram rumores de que a marca poderia vender as linhas de smartphones P e Mate; rumores semelhantes foram feitos anteriormente para a venda da sua submarca Honor, e a decisão acabou mesmo por se concretizar, sendo vendida a um consórcio de cerca de 30 entidades.

A Honor separou-se da Huawei em novembro de 2020 e desde então tem vindo a ganhar “vida própria”. A empresa liderada por George Zhao conseguiu libertar-se das sanções dos Estados Unidos e acabou por renovar acordos com empresas tecnológicas americanas como a Qualcomm, a Intel, a AMD e a Microsoft, garantindo assim o acesso ao hardware e software que necessita para produzir smartphones, tablets ou mesmo computadores. A empresa já anunciou mesmo o portátil MagicBook recentemente.

Numa entrevista à publicação chinesa South China Morning Post, o CEO da Honor revelou planos ambiciosos para a empresa em 2021, nomeadamente o querer ombrear de igual com a sua ex-dona Huawei, assim como a Apple, no mercado de smartphones topo de gama. E as palavras do executivo não são infundadas: na hora da despedida depois da venda, as palavras do fundador da Huawei, Ren Zhengfei, foi o desejo que a Honor crescesse e se tornasse a seu principal concorrente e até eventualmente a ultrapassasse, salientou na entrevista George Zhao.

O patrão da Honor refere que já havia competição interna anteriormente, salientando que em junho e julho de 2020 as duas empresas alternavam entre o top 2 e top 3 do mercado chinês de smartphones. E agora, sem restrições no acesso a tecnologia, a empresa diz-se preparada para competir no segmento médio e alto do mercado.

A empresa emprega agora 8.000 funcionários, numa nova sede a cerca de 15 quilómetros da Huawei, em Shenzhen. Quando a marca foi criada em 2013, focou-se na construção de smartphones acessíveis, entre os 150 a 220 dólares, ao mesmo tempo que servia como uma espécie de embrionário de testes para algumas tecnologias da Huawei. No final de 2020, quando foi vendida, a empresa tinha mais de 200 milhões de utilizadores em todo o mundo.

A empresa retomou ainda as conversações com a Google e espera ter acesso ao sistema operativo Android. Depois das sanções e ter perdido o acesso ao Google Mobile Services, a quota de mercado da empresa fora da China afundou. Para já, o seu primeiro smartphone depois do “divórcio” foi o View40, mas apenas disponível no mercado chinês. Foi colocado à venda por cerca de 555 dólares, sendo um equipamento de gama média com algumas funcionalidades apetecíveis, como um ecrã de 120 Hz e carregamento rápido de 66 W. É referido que o equipamento esgotou em quatro minutos.

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