O trabalho remoto ou híbrido é, mais do que nunca, uma realidade e tem um impacto tanto para as empresas como para os trabalhadores. Novos dados da Gartner revelam, no entanto, que um terço dos profissionais consideram que a cultura da empresa onde trabalham mudou para desde que começaram num regime remoto. A maior parte deles fala numa mudança melhor.

A cultura organizacional inclui crenças e valores de uma determinada organização. Enquanto 44% dos funcionários acreditam que o regime de teletrabalho melhorou em certa medida a cultura da empresa, 32% defendem que essas alterações foram bastante significativas. Apenas uma minoria, 20%, fala em mudanças negativas e 4% em muito piores.

Conclusões de uma investigação da Gartner a 5.000 funcionários
Conclusões de uma investigação da Gartner a 5.000 funcionários A opinião dos funcionários sobre o impacto do teletrabalho na cultura de uma empresa

A investigação da consultora a 5.000 funcionários revela ainda que os trabalhadores que garantem que essa cultura melhorou desde que começaram num regime de teletrabalho têm 2,4 vezes mais probabilidade de destacar um elevado envolvimento dos colaboradores. Os resultados parecem vir, assim, contradizer aqueles que se opõem a modelos híbridos de trabalho, que defendem que a falta de contacto pessoal regular enfraquece a cultura de uma organização.

As conclusões mostram também que os trabalhadores que relatam que a cultura organizacional melhorou têm uma probabilidade 2,7 vezes mais elevada de admitirem um esforço extra e uma intenção de continuarem na empresa. Por outro lado, estes colaboradores também estão mais propensos a falarem numa alta inclusão relativamente aos que consideram que a cultura da organização se deteriorou.

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Uma conclusão curiosa revela ainda que os líderes séniores são os que estão mais propensos a garantirem que a cultura organizacional melhorou desde que passaram para o regime de teletrabalho.

Certo é que no final de 2020 o Comité do Emprego europeu aprovou uma resolução que dá aos trabalhadores o direito de “desligar”. O organismo considera fundamental que os países da UE adotem medidas para que os trabalhadores possam não estar "ligados" fora do horário do trabalho, sem sofrerem quaisquer represálias. Em cima da mesa está sobretudo a garantia da saúde.